Câmara cria comissão para combater o crack em Cuiabá


Projeto aprovado pelos vereadores mapeia 20 principais pontos de consumo do derivado da cocaína

Mary Juruna/MidiaNews
Clique para ampliar 
Quatro regiões de Cuiabá tem suas 'cracolândias', de acordo com levantamento
DA REDAÇÃO
A Câmara de Cuiabá aprovou, durante sessão na terça-feira (24), a criação da Comissão Especial de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas Entorpecentes. O projeto de lei, proposto pelo vereador Dilemário Alencar (PTB), mapeia os 20 principais pontos de consumo de entorpecentes na Capital.

“A criação da Comissão foi importante para o processo de elaboração de políticas públicas visando ao enfrentamento às drogas, pois seus membros poderão ouvir especialistas do setor, autoridades regionais, representantes de comunidades terapêuticas, autoridades jurídicas ligadas à área, profissionais da área de saúde, comunidades escolar e acadêmica. Assim, poderemos obter amplo conhecimento acerca desse grave problema social e levantar propostas que contribuam para barrar o avanço do consumo das drogas em nossa cidade”, disse Dilemário.

A comissão poderá também trabalhar cobrando dos governos municipal, estadual e federal a execução de planos e metas de investimentos para a área, como, por exemplo, a construção de mais unidades do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas, no Município de Cuiabá.

“O crack se tornou um flagelo nacional. Espalhada pelo país em diferentes classes sociais, essa droga não tomou apenas as ruas, mas também as salas de aula. Portanto, não podemos, de forma nenhuma, ficar omissos diante desse grave problema social. Infelizmente, o consumo do crack em Cuiabá tem crescido de forma assustadora, debilitando laços familiares, relações sociais e aumentando os índices de criminalidade e violência”, argumentou o vereador, a respeito do projeto de lei.

Cracolândias

Levantamento da Secretaria Municipal de Assistência Social, realizado em setembro de 2012, mostra que quatro regiões em Cuiabá já são consideradas "cracolândias".

São elas: a região do Porto, o bairro Alvorada - especialmente na região do Terminal Rodoviário -, Centro - englobando o chamado Beco do Candieiro e Centro Histórico - e os bairros Jardim Leblon e Pedregal.

Contudo, o projeto de lei ainda aponta como locais de compra, venda e consumo de entorpecentes: a Avenida do CPA (proximidades da Panificadora Los Angeles, McDonalds, Pit Stop e Banco do Brasil); praças Ipiranga, Alencastro e Rachid Jaudi; ponte do Rio Coxipó e proximidades da Rodoviária do Coxipó; Morro da Luz; Praça Oito Abril; região dos shoppings centers (Pantanal, Goiabeiras e Três Américas); imediações da Rua Treze de Junho; imediações da Avenida Getúlio Vargas; imediações da Avenida Isaac Povoas; calçadões do Centro; viaduto da Avenida Fernando Correa da Costa; viaduto entre a Copagaz e o Posto São Matheus; imediações da Avenida 15 de Novembro, imediações da Rua Régis Bitencourt; região da Santa Casa e Pronto-Socorro; Avenida Miguel Sutil, em frente à Todeschini; Avenida Miguel Sutil, ao lado da Escola Farina; Praça dos Taxistas; Praça do CPA I, em frente à escola André Avelino; Praça Cultural do CPA 2; e bairro Planalto.