Redação
Em greve há quatro dias, os agentes de trânsito se concentraram hoje pela manhã, na Praça Alencastro, em frente à Prefeitura Municipal de Cuiabá com a expectativa de retomar o diálogo ou a negociação com o Executivo Municipal. Porém, o secretário de Trânsito e Transportes Urbanos (SMTU), Antenor Figueiredo, reforçou a decisão do prefeito Mauro Mendes de não reabrir o diálogo com os “amarelinhos” enquanto eles não retornarem ao trabalho.
À tarde, a Procuradoria Geral do município ingressou uma ação na Justiça pedindo que a paralisação seja considera ilegal. "Não foi o Sindicato que declarou a greve e sim uma comissão, formada por meia dúzia, que querem a paralisação", argumentou Figueiredo.
Atualmente, o salário-base atual do agente é de pouco mais de R$ 900, acrescido de 20% de insalubridade. A categoria cobra a regulamentação do plano de cargos, carreira e salários por meio de projeto de lei, conforme elaborado entre os agentes e a Coordenadoria de Trânsito da SMTU.
A regulamentação prevê a definição do modelo de gratificação e aplicação de reajustes. A proposta da prefeitura, recusada pela categoria, prevê o congelamento da gratificação no limite de R$ 2 mil. Segundo Alan Ramos, a greve atinge 65% dos agentes. "Trinta e cinco por centro estão nas ruas fazendo a segurança e atendendo casos de acidentes", comentou, acrescentando que todo o efetivo está unido e esperando que Mendes e Figueiredo ouçam a categoria. "Estamos abertos ao diálogo", afirmou.
Enquanto isso, a população espera uma definição. "Quando não estão apenas multando, eles (amarelinhos) ajudam. Em alguns locais, como na (avenida) Fernando Correa da Costa, o trânsito está muito tumultuado e há a necessidade do controle do fluxo de carros", comentou o motorista Evandro Martins, 36 anos.
Figueiredo informou que o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar está atuando para garantir a fluidez no trânsito. Os policiais auxiliam o trânsito nos horário de pico, além de atender, alternadamente, os pontos de maior concentração de veículos durante o dia.





