Eu perdi uma batalha

Por: Muvuca
(Carta aberta aos mato-grossenses e ao Senador Pedro Taques)

Reconheço uma derrota. E sei exatamente a dimensão do estrago que foi feito na minha imagem, após a revelação do advogado do senador Pedro Taques de que sou usuário de drogas. 

Eu perdi! Mas não perdi para você, Senador, o senhor está fraquinho ainda, precisa aprender muito. Eu perdi para as drogas. É verdade meus amigos, inimigos colegas e fãs, sou um adicto. Quero primeiramente agradecer ao Senador. Sabe, é difícil aceitar isso publicamente. Embora acredite que isso seja uma luta pessoal, e não tinha nada a ver com nossas desavenças,mas enfim. Veja que trabalheira, hein! O senhor passou esse tempo todo dando chilique e seu grande mérito nesta vitória foi conseguir, usando todo o aparato de que dispõe, ao fim e ao cabo, apenas revelar algo da minha vida particular. Venceu a batalha, mas de forma desonrada, sem nenhum pudor, ética ou moral. Eu perdi, mas quem chegou ao fundo do poço foi o senhor, Pedro Taques.

Eu digo que perdi, porque mesmo tendo a mais contundente das provas contra você, mesmo estando com minhas faculdades mentais intactas, qualquer coisa que eu disser daqui por diante sobre você, sempre vai ter um ‘filha da puta’ pra dizer: Ah! Esse cara é um drogado! E o que tem de ‘filha da puta’ nesse mundo não está escrito, viu!

Contra os fatos não há argumentos. Conheci as drogas em meados de 2008, depois que fui injustamente preso e, inconformado, me entreguei. Mas já tive dias piores, certa vez abandonei tudo e fui morar na cracolândia, devo ter ficado com uns 50 kilos, totalmente acabado. Minha mãe, no desespero, foi tentar um tratamento gratuito, porque sou de uma família pobre, e mentiu perante as autoridades, inventou uma história cabeluda e conseguiu um tratamento. Pobre das nossas mães, que tanto nos amam, e fazem qualquer besteira para nos ajudar. Ela conseguiu um tratamento, ok, mas também conseguiu produzir uma peça onde o senhor tanto sustentou suas acusações para se defender, me desqualificando, tal qual a tática nazista de desqualificar o acusador para diminuir o impacto das acusações. Eu sei, no seu modo de agir, o senhor não mede escrúpulos, usa até a mãe da gente, mas fazer o que, é de sua índole fazer isso, utilizar-se desses artifícios vis, prepotentes, ignóbeis.

Mas fique tranquilo. Desde ontem, quando seu advogado disse ao mundo que sou usuário, não tenho mais nenhuma credibilidade para falar de você. Embora eu não possa me furtar de enviar aos mais de 500 veículos de comunicação do meu estado e outros tantos do Brasil, os levantamentos que fiz sobre sua conduta pública. E olha que, salvo a incredulidade do denunciante, o senhor terá muito a se explicar, hein! 

A propósito, também irei publicar este material nas redes sociais, que não sofrem manipulação de jornalistas tendenciosos e nem veto nos comentários. Bom, não xingando minha mãe, o resto aceito tudo. Até porque o que mais me amedrontava era saberem da minha adicção, mas agora que o senhor revelou, acabou o que temer. 

Enfim, já que estou me expondo tanto, devo dizer também que, absolutamente tudo do que escrevo, só o faço em sã consciência, pois à partir do primeiro gole de cerveja ou qualquer outra coisa, não ouso sequer ligar o computador, até porque minha mente trava. Qualquer exame pode comprovar que não consigo escrever nem ‘oi’ quando bebo ou uso outras substâncias. A propósito, sequer saio de casa.

Sendo assim, afirmo com toda convicção, todas as vezes que escrevi algo que soou ameaçador para o senhor, ou quando te encarei lá no TJ e te chamei de ‘covarde’ na frente sua esposa, o fiz na mais plena consciência, até porque é exatamente isso que penso do senhor, te acho um covarde, da pior espécie que pode existir. Esta é a minha opinião. Só quero saber se vai mandar me prender, internar ou processar por te achar covarde? Em certos momentos tenho até pena de você, por ser um medroso, que só vira ‘machão’ quando se cerca do aparelho judicial ou policial, pois segundo os jornalistas de Brasília, o senhor quase mijou nas calças quando me viu.

O senhor conhece o crack? É terrível! Dizima mais de 1% da população brasileira. Sim, eu faço uso dessa substância. Já que o senhor revelou, após mobilizar o Ministério Público, a Polícia Federal, seus advogados (Ah! a confissão que fiz na Polícia foi sob forte pressão. Eles me tiraram de casa num momento em que não estava lúcido - Claro que vigiaram sorrateiramente pra saber se era a hora certa - Me levaram e forçaram eu dizer que era usuário. Este foi seu grandessíssimo mérito, Senador: Derrotou o jornalista de quem tinha tanto medo, usando até a Polícia Federal, o Ministério Público e juízes amigos. Parabéns! 

Mas estou aqui, com a convicção que esta guerra chegou ao fim. E que o senhor venceu! Aliás, não foi o senhor que venceu, foi eu que perdi. Mas não perdi pra você, perdi para as drogas. Confesso que lutar contra o senhor e toda sua tropa de amadores é bem fácil, chegou a ser até divertido. E já que estou falando tudo isso, devo dizer, também, que sempre agi sozinho. O senhor até que tentou imputar a idéia de que tinha gente por trás de mim, para parecer que era uma luta dos ‘poderosos’ contra o paladino da moral. Ah, coitado! Teve todo esse trabalho para destruir um carinha que nem jornalista é, sem filiação em sindicato, agora sem o próprio site, sem apoio de nenhum poderoso, enfim. E sabe porque eu estava sozinho, porque a maioria dos políticos e poderosos de plantão não queriam parecer que estavam me apoiando, como de fato não apoiaram, são outros covardes. 

Lá atrás, sua equipe de amadores levantou a hipótese de que estavam por trás de mim, primeiro o Percival Muniz, depois o Éder Moraes, o Riva, o Silval, o Blairo... eu dei muitas risadas com essa preocupação, porque fazia o estardalhaço todo, e na grande verdade, eu sempre estive só. Aliás, só não, tinha alguns amigos no facebook que me ajudavam, com palavras de apoio, entende. Dinheiro? Coitado, nem pro cigarro eu tinha. 

Bom, pelo menos agora todo mundo sabe que o senhor faz uso dessas entidades todas, que deveriam defender a sociedade e não um único Senador, mas enfim, essas são suas armas. Só não sei até quando, porque alguém precisa denunciar isso no Conselho Nacional de Justiça. 

A minha vantagem é que me lixo para o dinheiro, diferente de todo mundo, que faz o diabo para consegui-lo. Enfrentei todo o aparato de poder e financeiro que o cerca e dei todo esse trabalho com apenas um computador na mão. E esta é a grande sacada, porque enfrentar o senhor é fácil. E será muito mais agora, depois que um drogado abriu o caminho e mostrou seus pontos vulneráveis, entre eles, a manipulação da justiça que, a meu ver, terá que ter um novo ordenamento, pois suas ações agora também serão questionadas.

De minha parte, tenho três caminhos: Sigo em frente investigando sua vida, mas agora posso entrar nas questões pessoais, já que o senhor me desmoralizou entrando na minha vida particular, e aí, meu caro, só nós sabemos quantas peripécias aprontou, né. Mas sei lá, isso não é da minha índole. Mesmo sabendo de suas opções particulares, e casos ‘escandalooooosoooos’ envolvendo vossa pessoa, acho que não entrarei nessa seara. Meu caráter é outro. A propósito, o senhor conhece essa palavra: ‘caráter‘, ela te diz alguma coisa?

Só para concluir, nobre Senador. Pra mim é o fim da linha, não tem mais como esconder o que sempre tentei e o que o senhor teve tanta dificuldade para mostrar: Minha vida particular. Mas, outros virão, surgirão novos heróis, outros denunciantes, a porteira agora está escancarada, seu selinho de pureza foi pro beléléu, e todo o levantamento que este jornalista drogado fez, será motivo de apontamento na sua carreira. À partir de agora, vão questionar seu envolvimento com empresas que praticaram corrupção, trabalho escravo, degradação ambiental, uso de terras indígenas, prevaricação, envolvimento com a máfia dos combustíveis, e uso da máquina judiciária, pois tudo que revelei, está devidamente documentado. 

Não precisam acreditar em mim, estou pouco me lixando, até porque ninguém paga minhas contas e não faço uso do dinheiro público para pagar cafezinho na padaria, mas, acreditem na força dos fatos, dos documentos, da análise pública das provas, estas sim, merecem crédito. E, por sinal, as leis brasileiras não me reprovam, estou com minhas faculdades mentais intactas, só bebo recreativamente, de vez em quando e de maneira super-controlada. Não preciso, não quero e terei raiva de quem disser que preciso de tratamento. Da minha vida trato eu, e arco com todas as consequencias. No dia que alguém pagar minhas contas, aí sim, posso até ouvir algo, do contrário, manterei distância de quem vier com conselhos. A propósito, com drogas ou não, sei que tenho inteligência acima da média, com momentos de puro brilhantismo e repito, só consigo pensar em estado sóbrio. Minha única burrice foi entrar neste caminho errático das drogas. Mas tudo passa! Acreditem!

Dito isto, meu nobre senador, caro povo do meu amado estado, encerro aqui o nosso capítulo. Até porque cumpri com minha promessa e missão, que era de escrever 10 artigos sobre os atos públicos deste senador, com ‘s’ minúsculo. E o senhor só me derrubou depois que a cumpri, nisso devo me vangloriar, fui até o fim! Não temi ameaças, constrangimentos, humilhações, reusei propostas indecentes, enfim, lutei um bom combate, com momentos de pura tensão, outros hilários, como aquele episódio no senado, onde o senhor se borrou todo. 

Só fico imaginando quando o senhor for enfrentar grandes adversários, pessoas poderosas, com dinheiro, que não usam drogas, com boa articulação, enfim, o quanto o senhor não vai tremer na base.

Mas isso é um capítulo para a posteridade. Encerro aqui, dizendo que não mais lhe importunarei, até porque, estou admitindo minha derrota. O senhor venceu. Repito, usando o aparato judicial e invadindo minha vida particular, mas venceu. Parabéns!

Aos meus amigos verdadeiros, digo que fiquem tranquilos, porque mesmo com todos os problemas, continuo sendo um dos caras mais alegres, de bem com a vida, bem humorado, e sendo a mesmíssima pessoa. Tenho plena convicção, conhecendo minhas potencialidades e limites, que ainda darei muita alegria e bons frutos a todos vocês. Fiquem com Deus! Ah, senhor senador, não se esqueça de explicar para a sociedade todos esses envolvimentos esquisitos apontados no levantamento deste pseudo-jornalista drogado. O jornalista pode não ter crédito, mas os documentos sim. O povo precisa saber!

E para finalizar, só acho dessa, a sua carreira política entrou em decadência. Já está bastante perceptível que o senhor passará, e eu, como sempre, passarinho.

Um beijo a todos, e ao Senador Pedro Taques, dois!

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