Da Redação
O jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca, irá a Brasília na próxima semana questionar o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre a legalidade da doação de recursos para a campanha política do senador Pedro Taques (PDT) realizada por 19 Procuradores da República, 7 Promotores de Justiça e um magistrado.
Na mesma oportunidade, procurará o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), após já ter conversado com dois conselheiros, para denunciar suposta perseguição que estaria sofrendo por parte do Ministério Público Federal (MPF), autor da medida cautelar que culminou na decisão do juiz da 7ª vara criminal de Mato Grosso, Paulo Sodré, que determina que o jornalista abstenha-se de se aproximar de uma distância igual ou inferior a 200 metros do parlamentar, frequentar os espaços públicos onde ocorram cerimônias ou eventos públicos em que Taques esteja presente, de postar nas redes sociais ou veículos de imprensa, textos contendo ameaças diretas ou indiretas ao senador e que se submeta à perícia médica para averiguar se Muvuca faz uso de entorpecentes, seu grau de dependência e de comprometimento de sua saúde mental.
O imbróglio teve início no fim de 2011, quando Muvuca publicou uma série de artigos denunciando o suposto envolvimento do senador com o que chamou de Máfia dos Combustíveis. Por orientação jurídica, Taques ingressou com ações na Justiça por calúnia, injúria, difamação e danos morais.
O jornalista narra que duas horas após a publicação de seu artigo, foi demitido da emissora de rádio onde trabalhava como comentarista. Ele ainda afirma que a partir de então, fatos de sua vida pessoal passaram a se tornar públicos. Na sequência, Muvuca ofereceu representação contra do senador junto ao MPF e ao Supremo Tribunal Federal (STF) noticiando fatos que, no seu entender, configurariam crimes de formação de cartel e ofensa à lei anti-truste e eventuais ilícitos eleitorais. Ambos os pedidos foram arquivados.
Ao ser informado sobre mais dois processos contra si, o jornalista desabafou em sua página no facebook. “Acabei de receber mais duas intimações de processos movidos por Pedro Taques. Atenção autoridades, eu ainda vou matar esse cara... nem que seja de raiva. E não é por causa dos processo, me lixo para isso, mas sim porque ele foi mexer com minha santa mãe, que estava quieta e não tinha nada a ver com nossa briga”.
A declaração foi entendida como ameaça pela assessoria jurídica do senador, que achou por bem comunicar o fato à Polícia Federal (PF), uma vez que, conforme o advogado do parlamentar, Paulo Taques, ao fazer um levantamento do histórico do jornalista, constatou confissão de uso de entorpecentes e imagens de armas de fogo.
Com base nisso, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Muvuca. Ele também chegou a ser detido pela polícia do Senado e o episódio ganhou destaque na mídia nacional.
Além das ameaças nas redes sociais, o advogado relata que o jornalista abordou o senador, sua esposa e uma assessora durante a cerimônia de posse do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Orlando Perri e teria novamente o ameaçado.
Por meio de sua assessoria, Taques ressaltou que não se trata de perseguição política. “Não é uma discussão entre jornalista e senador. Não podemos ficar inertes a ameaça pois trata-se de um caso de saúde pública. Não sabemos o que uma pessoa sob o efeito de entorpecentes e que faz uso de armas é capaz de fazer”, explicou o advogado.
0 Comments:
Postar um comentário
Para o Portal Todos Contra a Pedofilia MT não sair do ar, ativista conclama a classe política de MT
Falta de Parceiros:Falsos militantes contra abuso sexual e pedofilia sumiram, diz Ativista
contato: movimentocontrapedofiliamt@gmail.com