Segundo Müller, os delegados responsáveis acreditam que os gestores vão ter surpresas; "quanto mais puxar, mais coisa acha"
ANDRÉA HADDAD
Secretário de Fazenda de Cuiabá, Guilherme Muller acredita que a Operação Impostor, para apurar fraudes no sistema tributário municipal, vai apontar o envolvimento de mais servidores do que os divulgados inicialmente, no total de 14. “Os contribuintes não foram chamados ainda, esta é a próxima etapa. Existe o corrupto e o corruptor, agora os delegados estão chegando nos corruptores. Há possibilidade de outros estarem envolvidos também”, antecipa.
Segundo Müller, os delegados responsáveis acreditam que os gestores vão ter surpresas como, por exemplo, a possível participação de mais servidores no esquema. “Por isso está demorando. Quanto mais puxar, mais coisa acha. É algo grande”, frisa.
Despachantes, empresários e supostos intermediários vão ser ouvidos. Depois de concluído o inquérito, a prefeitura vai instaurar procedimentos administrativos. “Começa a ter decisão em cima dos dados que a operação apurou, se tem culpa ou não tem. Mas não podemos julgar antes de terminar as investigações”.
Müller reforça que os 14 servidores com envolvimento comprovado inicialmente foram afastados das funções ou entraram de férias ou licença prêmio. “Todos ficaram afastados das funções, normalmente a fraude se dava porque tinha acesso a banco de dados. Ninguém tem mais acesso, quem tinha férias e licença prêmio tirou”.
Nesta quinta (23), a Prefeitura de Cuiabá divulgou por meio de nota que vai realizar uma auditoria para detalhar informações da fraude no sistema tributário. Segundo o delegado fazendário Rogério Modeli, novas informações surgiram, mas cabe à prefeitura analisá-las. “São informações detalhadas sobre o histórico do funcionário, por exemplo, e algumas obtidas mediante depoimentos, que precisam ser comprovadas”.
A Prefeitura vai fazer um cruzamento de dados para apurar os impostos desviados.
OPERAÇÃO IMPOSTOR
No final do ano passado, a Delegacia Fazendária constatou que 14 servidores estavam envolvidos em fraude no banco de dados do Sistema de Administração Tributária da prefeitura, especificamente no módulo financeiro do contribuinte, com a baixa de débitos sem a respectiva contrapartida do crédito nos cofres do município.
Durante a investigação foi descoberto que não havia fraudes somente no IPTU. “Em cinco meses de investigação, detectamos que além do IPTU, o ISSQN, a emissão de certidões e os alvarás, ITBI, o Habite-se e dívidas com a Sanecap estavam sendo fraudados. Não são somente servidores envolvidos, há pessoas, empresários e empresas também”, explicou o delegado.
Segundo o delegado, os crimes serão tipificados por corrupção ativa e passiva, inserção de dados falsos no banco de dados da prefeitura e formação de quadrilha.
Fonte: http://reportermt.com.br/politica/noticia/25496
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