Mauro Mendes: Plano para Saúde custará R$ 10 mi


Prefeito de Cuiabá e secretário municipal de Saúde anunciaram ontem medidas emergenciais para melhorar o atendimento nas unidades da Capital


A prefeitura de Cuiabá irá desembolsar R$ 10 milhões para implantar nos próximos 90 dias um Plano Emergencial para a Saúde. O plano foi lançado pelo prefeito Mauro Mendes (PSB) e pelo secretário de saúde do município, Kamil Fares (PDT), nesta sexta-feira. 


Mauro Mendes afirma que os recursos para a execução dos projetos serão provenientes da Fonte 100 da prefeitura, dos impostos pagos pelos cidadãos e “do gerenciamento com eficiência dos recursos já existentes”. 

No total, serão implantadas 18 ações com o objetivo de resolver os problemas de curto prazo do setor. Entre as principais, está a contratação de 60 médicos para as policlínicas, que custará cerca de R$ 500 mil/mês ao município, e a realização de novo concurso público de médicos para a atenção secundária. 

Segundo Fares, atualmente 70% dos médicos da Capital são contratados e todos terão a oportunidade de serem efetivados por meio do concurso. Para estas pessoas, haverá um bônus de 20% nas notas. Além disso, o conteúdo das provas será restrito a conhecimentos médicos. 

“A intenção é que as ações sejam implantadas gradativamente. A primeira delas já implantamos, que foi a regularização do pagamento do prêmio-saúde. Estamos estabelecendo condições de dignidade e igualdade com os profissionais da saúde para poder cobrar deles e trabalhar junto com eles para melhorar a qualidade do atendimento”, ressaltou o prefeito. 

Os aprovados e classificados no concurso público de 2010 serão imediatamente convocados e um termo de cooperação técnica será firmado com as Faculdades de Medicina da Cuiabá (UNIC e UFMT) para professores, residentes e internos para preencher a escala médica nas policlínicas. As unidades também contarão com um serviço de segurança. 

A prefeitura também promete fazer uma campanha de orientação e estímulo junto aos usuários do SUS para ampliar o atendimento nos postos de saúde e PSFs e ampliar a oferta de medicamentos injetáveis, nebulizadores, aparelhos de pressão, termômetros e avaliação da gravidade do paciente. 

O Plano Emergencial prevê ainda uma série de medidas para otimizar os leitos do Pronto-Socorro Municipal. São elas: a conclusão e equipamento da segunda UTI adulto, que deve ser inaugurada em 45 dias; a transferência de pacientes crônicos para hospitais conveniados; a transferência de pacientes que estão na fila de cirurgia para casa ou hospitais parceiros com cirurgia pré-agendada; a otimização da ocupação dos leitos dos hospitais conveniados ao SUS; o aumento do número de procedimentos cirúrgicos e a reforma da UTI pediátrica. 

Conforme Fares, hoje a prefeitura gasta R$ 2 mil para manter um paciente no Pronto-Socorro, por conta da estrutura que a unidade de saúde possui. Com a parceria com os hospitais conveniados, a expectativa é que o custo seja reduzido a R$ 200 por paciente. 

Os sete hospitais conveniados disponibilizam um total de 1.141 leitos SUS, sendo 1.006 leitos adultos e pediátricos. Leitos de UTI adultos somam 81 e pediátricos, 54. 

Para otimizar as ações da Central de Regulação, a Secretaria de Saúde pretende realizar cadastros diários dos leitos nos hospitais conveniados, com prioridade para lotação de pacientes referenciados da urgência e emergência. Kamil Fares promete ainda reativar a equipe técnica médica de pediatria e clínica da Central de Regulação e acabar com a fila de espera de exames de ultrassonografia ginecológica, que hoje conta com mais de 3.500 mulheres.

Por: RENATA NEVES
Fonte: DO DC