Gabriela Galvão

Em 2 anos de mandato, os oito representantes do Estado na Câmara Federal apresentaram 308 proposituras. O líder do ranking foi Homero Pereira (PSD), com um total de 68 projetos de lei, indicações ou requerimentos. Quando o assunto é presença em plenário, no entanto, o social-democrata cai para a quarta posição e Valtenir Pereira (PSB) assume a liderança, com 93,6% de aproveitamento.
De acordo com o Portal Transparência do Legislativo, das 198 sessões de que deveria ter participado, Homero esteve em 174. Em apenas 3 meses, por sua vez, apresentou 18 propostas. Dentre elas, a solicitação de uma cópia integral dos procedimentos administrativos de demarcação de terras indígenas em trâmite ou arquivados na Funai. O requerimento ainda aguarda resposta. Ele também requereu a realização de audiência pública para discutir a aquisição de terras por estrangeiros, que está à espera de providências.
Já Valtenir, embora não tenha sido destaque em números, num levantamento recente da Revista Veja figurou como o mato-grossense que apresentou as propostas mais relevantes. Foram 32 mensagens, sendo uma delas para alterar o inciso XV do artigo 48 e revogar os incisos VII e VIII do artigo 49, a fim de estabelecer que os subsídios do presidente da República e do vice, ministros, senadores e deputados federais sejam idênticos aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
O tucano Nilson Leitão (PSDB) marcou presença em 89% das sessões plenárias desde que assumiu a cadeira no Legislativo e indicou 67 propostas, a exemplo da solicitação de realização de Mesa Redonda em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul para debater o controle da pesca profissional na Bacia do Pantanal, que aguarda providências internas.
Eliene Lima (PSD) que esteve, proporcionalmente, no mesmo número de sessões que Leitão, propôs metade das mensagens, sendo que uma delas pretende proibir a venda de canetas que emitem raios de laser para menores de 18 anos, que está em trâmite. Outro projeto de lei do parlamentar visa disciplinar a realização de concursos públicos. A proposta aguarda despacho do presidente da Câmara Marco Maia (PT).
O democrata Júlio Campos faltou em 15,7% das sessões e apresentou 24 proposituras. Ele pretende, por exemplo, conceder a isenção de IPI na aquisição de veículos para transporte escolar, ainda em trâmite. O deputado também solicitou a realização de audiência pública para debater políticas de incentivo ao desenvolvimento de tecnologias para deficientes visuais.
Com 81,3% de presença, Wellington Fagundes (PR) protocolou 49 propostas, como o projeto que obriga fabricantes e importadores de material explosivo a adotarem mecanismos de identificação que permaneçam intactos após a detonação e o que determina a inserção de advertências sobre os malefícios do consumo de bebidas alcoólicas, cigarros e drogas, nos livros didáticos distribuídos em escolas públicas. Ambos ainda estão em tramitação.
Carlos Bezerra (PMDB) esteve em 142 sessões e apresentou 33 mensagens. Dentre elas a que pretende modificar a alínea que trata dos limites de incidência da contribuição previdenciária sobre os valores relativos a bolsas de estudos pagas pelas empresas a seus empregados, ainda em trâmite também.
Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento no Mensalão, Pedro Henry (PP) foi o deputado mais faltoso e o que menos apresentou propostas. Ele esteve presente em apenas 77,1% das sessões e protocolou somente três requerimentos, todos solicitando inclusão de projetos na ordem do dia. Vale lembrar que este levantamento não leva em consideração o grau de importância das proposituras e sim a quantidade.