As imagens foram exibidas por emissoras de televisão da Bolívia
Foto: AFP
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Depois que emissoras de televisão da Bolívia divulgaram imagens que mostram um deputado supostamente abusando sexualmente de uma funcionária da Assembleia do Estado de Chuquisaca, a nova presidente da Câmara de Deputados do país, Betty Tejada, defendeu nesta segunda-feira que a lei de agressão sexual contra a mulher inclua a castração química como penalidade aos violadores. “A lei tem que ser dura, pois a agressão sexual atinge crianças, jovens e mulheres adultas”, disse a parlamentar, segundo o portal Infobae.
A suposta agressão sexual teria ocorrido no plenário da casa legislativa que fica em Sucre, capital da província, no dia 20 de dezembro, perto das 20h, quando acontecia a festa de Natal dos deputados. De acordo com a imprensa local, o deputado Domingo Alcibia, do mesmo partido do presidente Evo Morales, teria se aproveitado do estado de embriaguez da funcionária para abusar sexualmente dela. As imagens foram exibidas nos últimos dias por emissoras de televisão bolivianas e causaram indignação.
A Coordenadoria da Mulher do governo do país condenou a divulgação do vídeo alegando que as emissoras “estão violando a proteção da vítima”. O órgão pediu uma investigação minuciosa sobre o caso para punir os culpados “conforme estabelece a lei”. O jornal local La Razón informou que o governador do Estado, Esteban Urquizu, pediu o afastamento dos envolvidos, enquanto o ministro de Governo, Carlos Romero, lamentou o ocorrido e exigiu esclarecimentos. Os colegas do deputado acusado também se manifestaram pedindo sansões se o crime for comprovado.
Diante da repercussão da denúncia, o deputado Domingo Alcibia pediu licença indefinida do cargo na última sexta-feira. Ele negou as acusações de violação sexual. “Isso não é violação”, disse o parlamentar em entrevista à rádio Loyola de Sucre. O Ministério Público da Bolívia informou que não vai abrir um processo penal até que a vítima apresente uma denúncia formal. No entanto, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou comunicado lamentando a conduta do deputado e pedindo que o caso seja investigado.
- Terra