Governador da Bahia, porém, critica declaração do senador Blairo Maggi, de que sigla não tem mais responsabilidade com governo federal
“
Acho que foi uma questão realmente a saída do ministro Alfredo, que traumatizou um pouco o PR, porém creio que nós teremos um caminho de reaproximação”
Em conversa na manhã desta quarta-feira (3) com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos (PR), o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), falou em “momento delicado” nas relações entre PR e governo federal. Também classificou como “desnecessárias” as declarações feitas na véspera pelo senador Blairo Maggi (PR-MT), um dos líderes do partido.
Leia também: PR deixa bloco de apoio ao governo no Senado
Desencadeada por suspeitas de corrupção, a crise nos Transportes completou um mês nesta semana. Diante das denúncias, a presidenta Dilma Rousseff afastou cerca de 30 funcionários da pasta, o que motivou o descontentamento do PR.
Na noite desta terça-feira (2), o ex-governador de Mato Grosso Maggi anunciou a decisão do PR de deixar o bloco governista no Senado. Afirmou que o partido "não tem mais o Ministério dos Transportes e não tem mais obrigação nenhuma com a condução do ministério".
Embora filiado ao PR, o ministro Passos, que era secretário-executivo da pasta e assumiu após a saída do titular, Alfredo Nascimento (PR-AM), é distante da cúpula da sigla. Na manhã desta quarta-feira (3), telefonou para Wagner e ouviu do governador da Bahia elogios à sua gestão.
Foto: Manu Dias/Governo da BahiaAmpliar
Jaques Wagner, governador da Bahia, durante evento nesta quarta: "Participar do governo não é só ter cargo"
A conversa ocorreu após um evento de comércio exterior promovido pelo governo federal na capital baiana. Em trecho presenciado pelo iG, Wagner citou a expressão “delicado” para definir a relação do Planalto com o partido aliado, e classificou as declarações de Blairo Maggi como “desnecessárias”.
Em entrevista, Wagner disse que o tema da conversa com Passos foi a ferrovia Oeste-Leste, obra do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) prioritária para sua gestão e que teve licença ambiental suspensa em julho pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Sobre o cenário político, o petista baixou o tom e disse que não entraria em “questões internas do PR”. Deixou recado, contudo, ao afirmar que integrar o governo é “participar de um projeto”, e não apenas de cargos na administração federal.
“É um direito dele, do PR, de se manifestar. É óbvio que eu não concordo, eu acho que é melhor um processo de diálogo para que isso (entendimento) possa acontecer, até porque, legitimamente, todo mundo que participa da base quer ter participação no governo. Mas participação na base não é só isso, é participar de um projeto”, disse o governador.
Wagner afirmou ainda que a crise nos Transportes “traumatizou um pouco” a sigla aliada. “Acho que foi uma questão realmente a saída do ministro Alfredo, que traumatizou um pouco o PR, porém creio que nós teremos um caminho de reaproximação, até porque essa medida foi tomada por enquanto só pelos sete senadores, e não pela bancada (do PR) na Câmara dos Deputados.”






0 Comments:
Postar um comentário
Para o Portal Todos Contra a Pedofilia MT não sair do ar, ativista conclama a classe política de MT
Falta de Parceiros:Falsos militantes contra abuso sexual e pedofilia sumiram, diz Ativista
contato: movimentocontrapedofiliamt@gmail.com