Material foi apreendido e ninguém foi preso, mas quatorze pessoas estão sendo investigadas; acusados expunham imagens até de recém-nascido na internet
O delegado Polybio Brandão, que coordenou operação da Polícia Federal para o cumprimento de mandados de busca a apreensão contra pessoas acusadas de pedofilia por meio da internet, concedeu entrevista coletiva à imprensa, na tarde desta sexta-feira (05), na sede da superintendência da Polícia Federal em Alagoas, no bairro de Jaraguá, em Maceió.
Aos jornalistas, o delegado – que esteve acompanhado, na coletiva, do superintendente Amaro Vieira – revelou que a investigação teve início há cerca de um ano, com a PF também cumprindo 14 mandados de intimação e apreendendo vários equipamentos eletrônicos.
“Não houve prisão em flagrante. Mas isso não significa dizer que ninguém pode vir a ser preso, já que doze pessoas estão sendo investigadas. Nossos homens iniciaram os trabalhos ainda na madrugada de hoje [sexta], apreendendo dez notebooks, vinte e cinco discos rígidos, além de várias outras mídias, como CD, pen drive, cartão de memória e até smart phone”, comentou o delegado, explicando que os mandados foram expedidos pela 2ª Vara da Justiça Federal.
Os nomes dos acusados não serão revelados porque os quatro inquéritos transcorrem sob segredo de justiça. De acordo com o delegado, a polícia investiga caso em que um homem chegara a expor imagens da própria sobrinha, seminua, na rede social Orkut. Os mandados, ainda segundo Brandão, foram cumpridos em vários bairros da capital: Pajuçara, Forene, Santa Amélia e Serraria, além de dois no Jacintinho.
O setor de tecnologia da informação da PF, segundo o delegado, pode rastrear arquivos de um computador que foi formatado até quatro vezes, o que, para a polícia, facilita sobremaneira a investigação. “Nós encontramos uma série de evidências dando conta de que essas pessoas exploram material pornográfico infantil. Alguns equipamentos já foram encaminhados para a perícia”, complementou Polybio Brandão, acrescentando que, em um dos casos, os ‘Ips’ rastreados pela PF coincidiram com os de máquinas instaladas em lan house no Jacintinho.
Delegado Polybio Brandão coordenou a operação
“Alguns dos acusados usavam a mesma lan house. Estamos também avaliando a possibilidade de omissão pelo proprietário do estabelecimento”, reforçou o delegado federal. Segundo ele, 2010 foi um ano considerado atípico no que diz respeito a denúncias relativas à pedofilia em Alagoas, com o crescimento de registros em cerca de 300%. “Já este ano pode até ser considerado normal, com cerca de dez denúncias por mês, apesar de já termos registrado trinta em um único mês do corrente ano”, revelou.
Um dos mandados, de acordo com a Polícia Federal, foi cumprido na Associação de Servidores do Poder Judiciário de Alagoas. “Alguns dos investigados expunham imagens de membros da própria família, crianças de quatro ou cinco anos. Chegou-nos uma informação, inclusive, de que o dono de uma lan house flagrou um cidadão seminu em seu estabelecimento, o que o fez levar a desativar as web cans que havia instalado para os clientes”, destacou o delegado, que faz um alerta aos pais.
“É preciso muito cuidado, de modo que recomendamos a não exposição de imagens de menores de idade, mesmo que sejam nossos filhos. Os pais também precisam estar permanentemente vigilantes àquilo que nossas crianças veem na internet”, complementou o delegado Polybio Brandão, ressaltando que criança menor de 12 anos só pode frequentar uma lan house acompanhado do pai ou responsável.
Os acusados poderão pegar de um a quatro anos de reclusão – aqueles que apenas armazenaram o material pornográfico –, ou de dois a cinco anos, para os que divulgaram o mesmo material.
Material apreendido em uma única casa vistoriada pela polícia nesta sexta






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