O julgamento dos três padres da Igreja Católica recomeça na manhã desta terça-feira (2) na Vara da Infância e da Juventude do município de Arapiraca.
A perspectiva da Justiça é da conclusão dos trabalhos para hoje, já que apenas três testemunhas de defesa dos sacerdotes deverá ser ouvida, além dos três religiosos.
Os monsenhores Luiz Marques Barbosa e Raimundo Gomes e o padre Edilson Duarte, acusados de abusar sexualmente de ex-coroinhas, quando eles ainda eram menores de idade, estão sendo submetidos a julgamento presidido pelo juiz João Luiz de Azevedo Lessa. O julgamento foi adiado no último dia 22 de julho, por falta de uma testemunha de defesa.
Na ocasião, o promotor Adalberto Tenório estava confiante na condenação dos acusados e afirmou não ter dúvidas do envolvimento dos padres em pedofilia. "A vida das vítimas foi totalmente prejudicada". Ele tinha ressaltado, ainda, a existência de mais um vídeo em que os sacerdotes aparecem em práticas sexuais. O material, que está em poder da imprensa, já foi solicitado pela Justiça.
Em caso de condenação, cada religioso pode pegar pena que varia entre 4 e 10 anos de prisão, mais pagamento de multa.
Denúncia do MP
A denúncia de pedofilia foi apresentada à 8ª Vara Criminal, em março de 2010, pelo Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE-AL). Para o órgão, os religiosos se aproveitaram do poder que tinham para abusar sexualmente dos coroinhas. Se forem condenados, os três sacerdotes podem receber penas de até sete anos de prisão, como prevê o artigo 244-A, da Lei 8.069/90.
O advogado Daniel Fernandes, que fazia a defesa do monsenhor Luiz Marques, alegou no ano passado que as relações sexuais filmadas eram consentidas e negou que se trate de pedofilia. Ele alegou que os jovens tentaram extorquir o religioso e até assinaram um documento no qual se comprometiam a não divulgar o vídeo, em troca de dinheiro.
Entenda o caso
As denúncias de casos de pedofilia em Arapiraca vieram à tona em março de 2010, depois que o programa Conexão Repórter, do SBT, veiculou uma reportagem revelando o caso. Em um trecho da matéria, um vídeo mostra o monsenhor Luiz Marques Barbosa, de 82 anos, mantendo relações sexuais com um dos jovens, hoje com 19 anos.
A gravação teria sido realizada em janeiro de 2009, por outro jovem que também afirma ter sofrido abusos, segundo as denúncias apresentadas pelo programa do SBT. O jovem contou que, desde os 12 anos, quando entrou para a Igreja Católica, era alvo do assédio sexual do monsenhor. O caso consternou a opinião pública brasileira e gerou uma onda de denúncias de novos casos na imprensa e na polícia
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