Deputado quer exames gratuitos para diagnóstico de doença igual à Aids

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Assim como o HIV, ela é transmitida por relação sexual, transfusão de sangue, uso compartilhado de seringa e na hora do parto. E ainda não tem cura

No ano em que o Brasil vai sediar a 11ª edição do Simpósio Internacional sobre HTLV no país, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso sai na frente e torna obrigatória a realização de testes sorológicos para o diagnóstico dessa doença. O HTLV é um retrovírus da mesma família do HIV, que infecta a célula "T" humana - um tipo de linfócito importante para o sistema de defesa do organismo.
A finalidade específica do teste é confirmar possível infecção pelo vírus Linfotrópico da referida célula - HTLV-I e HTLV-II - e o tratamento dos casos identificados. A medida está no Projeto de Lei nº 36/2011, do deputado Nilson Santos (PMDB).
Ele determina que os serviços públicos de saúde ofereçam os testes gratuitamente, desde que com solicitação médica. Os testes também serão oferecidos a todas as gestantes atendidas nas regiões do estado onde se verifique grande incidência do vírus.
"É essencial o apoio do Poder Público para diminuir o sofrimento dessas pessoas em relação a esse vírus pouco conhecido, disponibilizando exames sorológicos e - caso detectada sua presença - o tratamento nos hospitais públicos subvencionados pelo estado.
O HTLV foi isolado em 1980 no portador de um tipo raro de leucemia e é mais prevalente em regiões geográficas específicas, como Japão, Caribe e alguns países africanos. No Brasil, ele representa problema de saúde pública, apesar de o número de pessoas infectadas ser proporcionalmente baixo, se consideradas as dimensões e a população do país.
O simpósio é organizado por instituições públicas ligadas ao ensino e à pesquisa, que desenvolvem ações na área de retrovirologia humana com foco no HTLV. Ele vai acontecer nos dias 17 a 19 de abril próximos, no Centro de Convenções de Pernambuco (PE).
Dos dois tipos do vírus, um - o HTLV-I está associado a doenças graves neurológicas degenerativas e hematológicas como a leucemia. Sobre o segundo - o HTLV-II ainda não foi totalmente esclarecida sua ligação com alguma patologia determinada. Da mesma forma que o HIV, o HTLV é transmitido por relações sexuais desprotegidas, nas transfusões de sangue, pelo uso compartilhado de seringas e agulhas e da mãe para o filho durante a gestação, o aleitamento e no momento do parto.
A doença, que é parecida com a Aids até mesmo na forma de contágio, não tem cura e pode levar a morte. Seus sintomas, quando aparecem, são sempre progressivos, podendo causar paralisia, anemia e cegueira.
Estudo realizado por médicos de Mato Grosso, em 2006, revelou que em Cuiabá a única informação existente sobre infecção pelo HTLV-1/2 na população foi encontrado em relatório de triagem de doadores de sangue no período de 1995 a 2005. Ele revelou uma prevalência de 0,3% e 0,2% de infecção pelo HTLV-1/2.
A pesquisa foi feita entre mulheres que tinham dado à luz muito recentemente, na época, em três maternidades públicas ou conveniadas com o Sistema Único de Saúde na Cidade de Cuiabá (MT). A incidência foi superior à encontrada em outros estados do Centro-Oeste.
O trabalho foi assinado pelos pesquisadores Ranuce Ribeiro Aziz Ydy (Departamento de Ginecologia e Obstetrícia Universidade de Cuiabá); e Dalton Ferreira (Departamento de Ginecologia e Obstetrícia), Francisco José Dutra Souto (Departamento de Clínica Médica) e Cor Jésus Fernandes (Núcleo de Doenças Infecciosas e Parasitárias), todos da Universidade Federal de Mato Grosso.
A edição de Janeiro-Fevereiro 2009, da revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, publicou o trabalho.
Mais informações:
Secretaria de Comunicação da AL
3313-6310/ 6283
Data: 03/03/2011

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