A Polícia Civil concluiu nesta segunda-feira (08), por meio da força tarefa, o inquérito policial nº 01/2017, que apura o caso de escutas ilegais no Estado de Mato Grosso, conhecido como “Grampolândia Pantaneira”. O esquema, montado durante a gestão do ex-governador Pedro Taques, consistia na realização de escutas clandestinas.
O relatório final foi encaminhado ao Judiciário com o indiciamento do ex-secretário de Segurança Rogers Jarbas pelos crimes de falsidade ideológica, violação de sigilo funcional, usurpação de função pública e obstrução de Justiça.
As investigações apontaram que, à época dos fatos, Rogers se aproveitou do cargo que ocupava, de natureza política, para atrapalhar o rumo das investigações, com o intuito de “blindar” a suposta organização criminosa.
O grupo envolvia agentes públicos civis e militares e, inclusive, chegou a alugar uma sala comercial para funcionamento do escritório clandestino de “escutas” ilegais. Embora tenha sido instaurado em 2017, o andamento do inquérito policial foi afetado por decisões do Superior Tribunal de Justiça e pela pandemia da covid-19, que provocou, ainda, mudanças na equipe da força tarefa.
Ao final, as investigações resultaram em 14 volumes de pastas, que totalizam 14.055 páginas e 9h23min36s de oitivas colhidas pelo sistema audiovisual.
A delegada responsável pelas investigações, Ana Cristina Feldner, ressaltou que foram colhidos inúmeros elementos informativos em outros seis inquéritos policiais, que, em decorrência da gravidade dos crimes, em tese praticados, estão em fase conclusiva, sendo possível estabelecer a conexão e coordenação entre os procedimentos. “É importante destacar e agradecer aos investigadores, escrivães e delegados que fazem e fizeram parte desta Força-Tarefa, pelo excelente trabalho desenvolvido”, disse a delegada.
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