Ex-deputado diz que Emanuel usa máquina pública e federação em 'queda de braço' contra Mendes

 

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O historiador e ex-deputado estadual, Suelme Fernandes(sem partido), não mediu críticas nesta quarta-feira(27), à disposição do prefeito da capital, Emanuel Pinheiro(MDB), em encontrar - de qualquer jeito e a qualquer custo -, um nome que possa enfrentar o governador Mauro Mendes(UB), em sua reeleição, na disputa pelo governo do Estado. Ao anunciar sua esposa, a primeira-dama, Márcia Pinheiro(PV), como uma possível pré-candidata na disputa ao Governo do Estado.

Asseverando que antes o prefeito emedebista já tinha tentado emplacar, nesta disputa, seu vice-prefeito, José Roberto Stopa(PV), em seguida o ex-prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz(MDB), e, por último, igualmente, sem sucesso, o senador social democrata, Carlos Fávaro.

Como um prefeito de uma capital tricentenaria, caminhando para quase um milhão de habitantes pode mostrar tão visivelmente o ranço da velha política dos coronéis.

"Como um prefeito de uma capital tricentenaria, caminhando para quase um milhão de habitantes pode mostrar tão visivelmente o ranço da velha política dos coronéis. Deixando passar a ideia de um poder como propriedade de uma só pessoa. Ao tentar liderar uma federação[Brasil Esperança], ainda que seu partido nem esteja contido dentro dela. Mostrando uma birra pessoal do prefeito, contra o governador Mauro Mendes, ao usar a federação como uma ferramenta, uma arma, na busca de um projeto alternativo que possa enfrentar Mendes nas urnas".

A declaração de Suelme foi feita após o anúncio do prefeito Emanuel Pinheiro sobre a possibilidade de sua esposa, a primeira-dama Márcia Pinheiro(PV) assumir uma pré-candidatura na disputa ao governo, com o convite da Federação Brasil Esperança, que uniu o PT, PV e PCdoB, para que lidere a cabeça de chapa na disputa pelo comando do Palácio Paiaguás.

O anúncio foi realizado na noite desta terça, em sua live semanal e acontece depois que o senador Carlos Fávaro (PSD) declinou do convite da federação e do ex-presidente Lula (PT) de disputar o comando do Estado e, igualmente, da ex-reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Maria Lúcia Nader (PCdoB) que também se retirou da disputa.

Para o historiador, esta prática de utilizar a engrenagem da máquina pública, na busca pessoal de encontrar um adversário para se contrapor a Mendes, mostra que o prefeito nem mais percebe que não há mais, neste processo, nenhuma racionalidade. "Ele nem percebe mais que está colocando os interesses pessoais, sobre todos os interesses públicos'.

"O prefeito Emanuel Pinheiro tem usado a administração pública como se fosse algo dele, não do povo cuiabano. Usando a engrenagem pública para fazer contrapontos eleitorais contra o governador o tempo todo. Em pleno século 21, quando já estamos aí a cento e poucos anos da Proclamação da República [15 de novembro de 1889 - há 132 anos -, quando foi extinto o Império no Brasil], ainda observamos um prefeito usar esse tipo de prática da época do Brasil Colônia, quando ocorriam estes tipos de brigas entre as elites coloniais brasileiras".

Também de acordo com o historiador, passou da hora de se construir um debate pautado na civilidade, colocando fim à uma inimizade inexistente entre a capital e o governo.

"Cuiabá e o governo não podem ser vistos como inimigos. Não se pode colocar em uma mesa de aposta os interesses de uma população. Esta briga virou um debate ruim e passa a sensação de um não querendo reconhecer uma derrota que tomou como pessoal. O pior é querer usar a máquina como instrumento eleitoral, isso é horrível, é nojento. Buscando a qualquer custo, um nome para enfrentar o governador. Primeiro foi Stopa, depois Percival agora sua esposa Márcia Pinheiro, em uma sequencia de blefes políticos. Precisamos questionar essa familiocracia, esta essa politicagem [...] Pobre Cuiabá, tão linda, tão maravilhosa, nas mãos de gente tão pequena".

O professor e historiador Suelme Fernandes(sem partido) assumiu uma cadeira na Assembleia Legislativa, no início de fevereiro deste ano, em substituição ao deputado Dr Eugênio(PSB). Em 2018, Suelme disputou uma vaga no Legislativo estadual, cravando 12.074 votos nas urnas, mas ficando como suplente.

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