A vereadora Edna Sampaio (PT) classifica como violência política o pedido de cassação feito pelo deputado estadual Gilberto Cattani (PL) no Conselho de Ética da Câmara Municipal de Cuiabá.
"O deputado procura utilizar-se exclusivamente de sua ideologia para tentar cassar o mandato da primeira mulher negra democraticamente eleita nesta capital e isso é violência política; Repudiamos a banalização feita pelo deputado ao voto popular que elegeu a vereadora Edna Sampaio. Repudiamos a violência política racial e de gênero", escreveu a parlamentar em nota enviada para à imprensa.
Cattani se reuniu na segunda-feira (26) com o presidente da Câmara, vereador Juca do Guaraná (MDB), para cobrar o andamento do processo de cassação
A vereadora foi condenada a idenizar Cattani em R$ 3 mil pelo crime de calúnia, no ano passado, ao acusá-lo de cometer crimes de homofobia em suas redes sociais.
Na nota, Edna diz que recebe com tranquilidade a notícia sobre o pedido de cassação, já que era de seu conhecimento e de sua assessoria jurídica.
"Não há fundamento legal para a cassação de seu mandato. Há decisão judicial de natureza cível em favor do sujeito, porém está impugnada, por ser inconstitucional. A vereadora jamais foi condenada criminalmente, em nenhuma ocasião da vida, muito menos em relação ao deputado", diz.
Denuncia ainda, segundo nota, uma ação de "perseguição política de que tem sido alvo devido às suas posições políticas progressistas, de combate ao fascismo, à LGBTfobia, ao racismo e a todo tipo de violência".
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