Comitiva apresentou o projeto de ligação ao ministro dos Transportes, César Borges
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O deputado José Riva e o governador Silval apresentam projeto ao ministro: receptividade
DA REDAÇÃO
O deputado estadual José Riva (PSD) e o governador Silval Barbosa (PMDB) apresentaram ao ministro dos Transportes, César Borges, o projeto de construção da ferrovia que ligará Mato Grosso ao Pará. O encontro foi em Brasília, na tarde desta quinta-feira (15).Segundo o ministro, é de interesse do Governo Federal a inclusão do projeto ao Plano Nacional Ferroviário. "A produção precisa ser escoada de forma adequada, e esse projeto contempla esse investimento logístico", disse Borges.
" Mostramos a viabilidade do projeto ao ministro e que não haverá custos para a União, pois existem investidores internacionais interessados e a obra será feita por Parceria Público Privada "
O ministro afirmou que apresentará a proposta ao presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, para debater a proposta.
Ele pediu que o deputado Riva, idealizador do projeto, agende audiências com investidores de grupos americanos, chineses, árabes e russos, interessados em implantar a ligação ferroviária.
“Se Mato Grosso tem investidores dispostos a executar a obra, o caminho é mais rápido. Vou conversar com o Bernardo Figueiredo e, enquanto isso, aguardamos o anteprojeto da ferrovia. Conseguiremos resolver se o problema for apenas à licença para a construção da ferrovia”, afirmou.
O projeto prevê o trecho ferroviário partindo de Água Boa, em Mato Grosso, até Barcarena, no Pará.
“O porto de Barcarena já possui instalações necessárias e dentro de dez anos, será o grande porto brasileiro, desafogando o de Santos e Paranaguá”, disse.
Para Riva, a receptividade ao projeto o habilita a ser executado. “Mato Grosso produz 40 milhões de toneladas dentro dos oito milhões de hectares. Com a inclusão do Araguaia, teríamos mais 20 milhões sendo produzidos nos 4 milhões de hectares disponíveis na região. Mostramos a viabilidade do projeto ao ministro e que não haverá custos para a União, pois existem investidores interessados e a obra será feita por Parceria Público Privada (PPP)", afirmou.
"Agora, vamos conversar com o governo do Pará, mostrar os avanços alcançados para posteriormente, buscarmos empresa para fazer um estudo mais aprofundado e incluir a proposta no Plano Nacional Ferroviário”, disse.
Silval ressalta importância
"Se Mato Grosso tem investidores dispostos a executar a obra, o caminho é mais rápido. Vou conversar com o Bernardo Figueiredo"
“Contamos com o apoio do Governo Federal e o ministro mostrou-se entusiasmado. Mato Grosso é um Estado em que tudo que se faz, precisa-se de mais, pois é altamente produtivo e que aumenta sistematicamente em produção, crescendo 10% ao ano”, disse.
O senador Jayme Campos (DEM) se comprometeu a liderar o trabalho de articulação em Brasília, após ter conseguido agendar o encontro com o ministro dos Transportes.
Também estiveram presentes ao encontro os deputados federais Eliene Lima (PSD), Wellington Fagundes (PR), Júlio Campos (DEM), Nilson Leitão (PSDB), o estadual Pedro Satélite (PSD) e o vice-prefeito de Sorriso, Ederson Dalmolin (PR).
Ferrovia
Bancada de Mato Grosso acompanhou apresentação do projeto: unidade
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A ligação seria viabilizada com a construção de dois ramais, um até o porto de Vila do Conde (Barcarena) foz do rio Amazonas e outro até o porto de Espadarte (em Curuçá), porto de mar, que está em projeto de implantação. Lideranças políticas e empresariais de Sorriso solicitaram a inclusão do município na ferrovia por meio de um ramal.
Ao todo, mais de 20 municípios de Mato Grosso e Pará serão beneficiados com o traçado ferroviário de 1,6 mil km de trilhos, melhorando a qualidade de vida de mais de dois milhões de pessoas.
“O próprio Estado do Pará já discute a possibilidade de investir R$ 1 bilhão nessa ferrovia. Mato Grosso não pode ficar preso a um modelo nacional de ferrovia, por isso a importância de um projeto próprio devido a sua dimensão territorial e capacidade de produção. O traçado ferroviário será viabilizado e vejo nesse projeto a grande redenção do sul do Pará que é forte em minério e da região Araguaia de Mato Grosso, que é uma das maiores áreas disponíveis para a produção de grãos do mundo”, disse Riva.