Prefeitura de Cuiabá pode recorrer à Justiça se MTU não fornecer documentos

A Prefeitura de Cuiabá estipulou prazo até a próxima sexta-feira (30), para que as empresas da Associação Matogrossense de Transportes Urbanos (MTU), entreguem o restante da documentação para compor a auditoria na planilha do transporte público.
Ao entregar a documentação ao Ministério Público Estadual (MPE) nesta sexta-feira (23), técnicos do MPE apontaram que os documentos são 90% do necessário, e os documentos faltantes foram cobrados das empresas, que não fizeram o encaminhamento. Procuradoria do município avalia possibilidade de recorrer à Justiça.



O procurador-geral do município, Rogério Gallo, explicou que 90% dos documentos foram entregues, e quando os técnicos apontaram a falta de alguns documentos, as empresas foram notificadas, mas não encaminharam o que lhes foi demandado. Diante do exposto, Gallo avalia a possibilidade de recorrer à Justiça, caso, as empresas não cumpram o prazo até o dia 30 de agosto.


“A Prefeitura e o MPE tiveram este entendimento de recorrer à Justiça, porque temos o interesse de que a auditoria na planilha seja ampla. Nesta semana devemos nos debruçar sobre os 90% de documentos já encaminhados, e na próxima semana, finalizar com os documentos faltantes”, explicou.


A auditoria na planilha do transporte é realizada pela Prefeitura, MPE e Câmara Municipal, sendo que foi necessária após denúncias dos vereadores de que não houve redução na tarifa, quando os cobradores foram dispensados. A denúncia é referente também a afirmação do presidente da MTU, Ricardo Caixeta, de que haveria pressão para aumento da tarifa para R$3,41, com a volta dos cobradores, que estava prevista em projeto de lei aprovado pela Câmara, mas que foi vetado pelo prefeito Mauro Mendes.


São 45 dias para realizar a auditoria na planilha, sendo que os trabalhos da auditoria foram iniciados há pouco mais de 15 dias. Gallo garante que no prazo máximo, irão dar um parecer sobre a tarifa em Cuiabá. O valor atual da tarifa R$2,85 é questionado por entidades e população, que não vêem retorno no que é pago pelo usufruto do transporte público, já que apontam o sucateamento dos ônibus.