Partido tem 5 senadores atualmente, e aposta na ex-petista
Débora Siqueira/MidiaNews
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Pagot, Galindo, Gama e Serys: PTB de Mato Grosso quer marcar presença no Congresso Nacional
DÉBORA SIQUEIRA
DA REDAÇÃO
A filiação da ex-senadora Serys Marly ao PTB, realizada na noite de sexta-feira (23), em Cuiabá, faz parte da estratégia do partido, no âmbito nacional, de aumentar a representatividade dos atuais seis senadores da bancada.DA REDAÇÃO
Cinco deles encerram o mandato ano que vem. Dos 23 deputados federais, o partido quer subir para 36.
A ex-petista é vista como o nome de peso do PTB para a disputa das eleições majoritárias em 2014. O presidente nacional do PTB, Benito Gama, que foi colega da ex-senadora no Congresso Nacional, disse que ela foi “um peixe difícil de ser pescado”, mas que o partido nunca desistiu.
Contudo, Serys afirmou que o determinante para que ela escolhesse o PTB, em vez de outras siglas para as quais foi convidada, a exemplo da Rede, da ex-senadora Marina Silva, foi a abertura para participar da agremiação e ajudar na organização e fortalecimento do partido.
“A possibilidade de resgatar a credibilidade partidária, contribuir para a organização e o fortalecimento do PTB, foi o que nos encantou. Candidaturas se discutem depois, até porque alianças se fazem 12 horas antes ou, até mesmo, nas vésperas de uma campanha eleitoral. Se tiver possibilidade de candidatura ao Senado, tudo bem; se não tiver, tudo bem também”, disse.
Para Serys, o PTB mostrou as cartas nas mesas, ao dizer que quer espaço para fazer política com ética, e com a seriedade que a maioria dos partidos, segundo ela, precisa resgatar.
Desde que se desfiliou do PT, onde permaneceu por 25 anos, a ex-senadora disse que deu um tempo e resolveu ceder às pressões para se filiar a um partido político até setembro.
Ela revelou que muitos presidentes municipais petistas já ligaram, cumprimentando-a pela escolha e alguns anunciando que iriam seguir com ela na nova legenda.
“Estou recebendo muito apoio de muitos municípios, em torno de uns 100. Alguns virão conosco e alguns presidentes municipais disseram que podem anunciar os nomes deles quando formos aos respectivos municípios. Quando fui 8 anos senadora,visitei todos os municípios de Mato Grosso mais de uma vez”, completou Serys.
Jogo zerado
O ex-diretor-presidente do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNITt), Luiz Antônio Pagot, também novato no PTB, disse que os movimentos populares tomando as ruas do país descontentes com esse modelo de fazer política "zerou" o jogo político para o próximo ano.
“Acredito que terá muitos candidatos a presidente da República e muitos partidos vão querer ter palanque no Estado. Acho que o PT, PMDB, PSB, PSDB vão ter palanque em Mato Grosso, e o PTB vai buscar esse espaço”, afirmou.
De outubro a março de 2014, os partidos devem começar a traçar as estratégias para montar o arco de alianças.
“Temos estrutura para montar chapa majoritária com governador, vice-governador e senador. Porém, mais do que discutir cargos, temos que discutir ideologias e tentar dar abrigo às vozes das ruas”, completou Pagot.