“É uma pessoa livre de qualquer suspeita. Inclusive, a diretora e a coordenadora não acreditavam. O clima na escola está tenso. No outro dia a diretora mandou trancar a entrada do porão, que é um lugar bem ‘esquisito’, que não deveria ter numa escola”, destacou a delegada Luciani Barros que representou pela prisão preventiva do pedófilo e a Justiça deferiu. O mandado foi decretado nesta tarde pela Vara 8ª Vara Criminal, de Cuiabá, e cumprido na Deddica quando o acusado compareceu para prestar esclarecimentos na investigação iniciada na última quarta-feira (22) com denúncias do pai de uma das vítimas.
De acordo com a delegada, a primeira vítima foi uma criança de 10 anos que passou a aparecer na escola com altas quantias em dinheiro, inclusive notas de R$ 50. O fato despertou atenção da direção da unidade escolar que acionou a mãe da criança que por sua vez também desconhecia a origem do dinheiro. Foram várias tentativas até a menina se abrir para a namorada do irmão que levou o caso ao conhecimento da família. Com a primeira vítima identificada, policiais foram várias vezes na escola até que conseguiram identificar outras duas alunas, que também foram estupradas pelo professor.
Outra vítima foi uma aluna de 13 anos do professor, que no dia 2 de abril foi chamada para se encontrar com ele no porão da escola. Lá foi estuprada e depois orientada por ele a chamar outra “coleguinha” até o local, onde também foi abusada, diz a assessoria da Polícia Civil. As duas vítimas disseram que foram estupradas apenas uma vez pelo professor, mas a menina de 10 anos contou que era abusada reiteradamente e que ainda sofria ameaças dele. O inquérito policial é presidido pela delegada Alexandra Fachone.
A delegada titular da Deddica, Luciani Barros, disse que o professor foi denunciado pelo pai da vítima de 10 anos que, mesmo a Delegacia tendo já iniciado as investigações, inconformado com o abuso da filha acionou Polícia Militar, que chegou a deter o professor dentro da escola e o conduziu para o plantão da Polícia Civil do Planalto, mas como não havia flagrante acabou sendo liberado. “A partir daí ele tomou conhecimento da investigação e passou a vir diariamente na delegacia”, disse a delegada. Luiz César será encaminhado a uma unidade prisional da Capital, ainda nesta quarta-feira (29), provavelmente para a Penitenciária Central do Estado.
Fonte: Gazeta Digital