Mundo se reúne no Brasil para reavivar a luta contra a exploração sexual de crianças e adolescentes


Diretora Executiva do UNICEF vem ao Brasil pela primeira vez para participar do III Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
Rio de Janeiro, 25 de novembro – Cerca de 3 mil participantes de mais de 125 países estão no Rio de Janeiro, Brasil, para trocar lições e experiências em relação ao enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes, avaliar os progressos realizados e reforçar os compromissos. Funcionários governamentais de alto nível, especialistas, representantes da sociedade civil, da imprensa, do setor privado, de organizações internacionais e adolescentes participam, de hoje até sexta-feira, 28 de novembro, do III Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, realizado no Riocentro, na capital fluminense.
“A exploração sexual deixa cicatrizes psicológicas e, por vezes, físicas nas crianças e diminui sua esperança de levar uma vida com dignidade”, disse a Diretora Executiva do UNICEF, Ann M. Veneman. “Nenhum país ou região está imune e não há testemunhas inocentes.”
A exploração sexual é uma violação do direito da criança ao cuidado e à proteção. O Congresso vai analisar vários tipos de exploração sexual de crianças, incluindo a exploração sexual na família, o casamento infantil, a exploração sexual de crianças trabalhadoras domésticas, a indústria da exploração sexual comercial, assim como a pornografia infantil e a exploração sexual de crianças no espaço cibernético.
Predadores continuam a utilizar novas ferramentas para atingir crianças, incluindo o espaço cibernético e a nova geração tecnológica dos telefones celulares. Os adultos podem chegar às crianças em salas de conversa virtuais e utilizar a internet para enviar ou baixar pornografia.
Sete anos após o último Congresso Mundial em Yokohama, no Japão, em 2001, focado exclusivamente na exploração sexual comercial de crianças, o Congresso no Brasil também vai discutir estratégias para o combate a formas não comerciais de exploração sexual infantil, incluindo a exploração sexual de crianças em seus lares, por líderes religiosos, professores, forças de paz e grupos armados em zonas de conflito.
“A exploração sexual é o cúmulo do abuso de poder”, disse Veneman. “Alguns anos atrás, eu conheci uma menina de 16 anos de idade, em Ruanda, que me fez uma pergunta muito direta: ‘O que você vai fazer para acabar com as violações?’ Essa é uma questão que temos de responder coletivamente e com um sentido renovado de urgência.”
Para mais informações ou para agendar entrevistas com os dirigentes do UNICEF durante o Congresso:
Estela Caparelli: mecaparelli@unicef.org – (61) 8168 8669
Kent Page: kpage@unicef.org – (61) 8166 1648
Letícia Sobreira: lsobreira@unicef.org (61) 3037 1917
Pedro Ivo Alcantara: pialcantara@unicef.org – (21) 8125 1736