Otmar de Oliveira
Segundo consta na justificativa do vereador João Emanuel, "o Divino Espírito Santo começou a ser festejado em Portugal no início do Século XIV. Os festejos surgiram no Brasil nos tempos coloniais, no Reinado de Dom João VI. No Século XVII espalhou-se por todas as colônias portuguesas". Já em Cuiabá, nas primeiras décadas do século passado, a cidade cheou a ter duas festas do Divino Espírito Santo - recordou o presidente do Parlamento cuiabano.
"Uma procedia do Porto, e a outra da Catedral, apenas com poucos dias de diferença entre si. "Em meados da década de 30, a Festa do Divino foi unificada, e na memória dos cuiabanos mais antigos ainda resistem as imagens das que aconteciam no Campo d'Ourique, com direito a touradas, local da atual sede deste Legislativo".
Os festejos são realizados sempre 50 dias após o Domingo de Páscoa, "em memória ao Espírito Santo", diz a justificativa de Emanuel, que mencionou a importância do trabalho desempenhado pelos festeiros no que diz respeito à cristalização da religiosidade no coração mato-grossense. "Para os cristãos, simboliza a Santíssima Trindade, o amor entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Trata-se de um evento que mobiliza centenas de pessoas do município, em face das sólidas raízes culturais e religiosas presentes nessa terra".
A secretária Daniela Ribeiro Cardoso, ao receber os festeiros, disse que a Câmara Municipal abria suas portas para o Senhor Divino com muita alegria. "Sejam bem-vindos. Honra-nos tê-los conosco hoje aqui, quando serão homenageados merecidamente. Vocês abrilhantam e fazem acontecer uma das festas mais lindas desse Estado".
Para a Imperatriz Edileuza Monteiro da Silva, ser homenageada pela Casa de Leis de Cuiabá é uma iniciativa que sensibiliza os festeiros e demais voluntários da Festa do Divino, "quantos têm lutado para a preservação das nossas tradições religiosas". Ela afirmou que a homenagem recebida pelos festeiros emociona também em face do grande vulto histórico que tem marcado todas as mobilizações alusivas à Festa do Divino na capital. "Sintetiza a religiosidade mato-grossense, celebrada desde os tempos do Império".
João Carlos Queiroz Secom/Câmara





