Em consideração ao Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (18 de maio), a Concessionária Bahia Norte, em parceria com o Ministério Público da Bahia e a Polícia Militar da Bahia através do Batalhão de Polícia Rodoviária, promove a Semana de Combate à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. O crime apresenta índices preocupantes nas rodovias brasileiras. No cronograma, estão previstas duas blitzes de sensibilização, nos próximos dias 20 e 21 (segunda e terça-feira), pela manhã, nos postos de abastecimento Palmares e Paraky, respectivamente. A blitz informativa tem como público-alvo os caminhoneiros que passam pelos locais. Policiais do Batalhão de Polícia Rodoviária, juntamente com colaboradores da Bahia Norte e lideranças comunitárias de Simões Filho, irão oferecer orientações e panfletos educativos sobre o tema, além de oferecer brindes para os motoristas abordados.
Há três anos, a Bahia Norte é parceira do Ministério Público da Bahia na campanha. “No ano passado, fizemos um trabalho muito bom na região do Ceasa, BA-526. É uma região muito vulnerável e conseguimos comover muitas pessoas e trazê-las para a realidade do projeto”, destaca Leana Mattei, Coordenadora de Desenvolvimento Socioambiental da Bahia Norte.
Em 2013, o foco das ações será o entorno e a cidade de Simões Filho, conhecida por abrigar parte do Centro Industrial de Aratu e, por isso, carregar o título de quinta economia do Estado da Bahia. A grande movimentação de veículos de carga no município preocupa lideranças locais sobre a vulnerabilidade das crianças e adolescentes que circulam na região. “O objetivo é intensificar as ações para prevenir delitos de exploração e prostituição de menores. Para isso, o Batalhão de Polícia Rodoviária, através do seu efetivo, está engajado participando de forma ativa desta campanha”, afirma a Capitã Aparecida, da Polícia Militar da Bahia.
A iniciativa também contou com a promoção de palestra, no último dia 15, no Centro Comunitário Nova Esperança, em Simões Filho. Cerca de 30 pessoas, entre alunos e pais de alunos ouviram sensibilização da Sheila Araújo, do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Yves de Roussan (Cedeca-Ba), que alertou o público sobre os riscos e a incidência do problema na região.
A exploração sexual está na lista das piores formas de trabalho infantil, Convenção 182 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) - apesar da proibição constitucional do trabalho de crianças e adolescentes menores de 16 anos, em todo Brasil, estima-se que cerca de 3,8 milhões da população entre a faixa etária de 05 e 16 anos exerçam atividades remuneradas ou forçadas no país. A exploração é um crime que acomete milhares de crianças e adolescentes brasileiras, na sua maioria, do sexo feminino, afrodescendentes, oriundas de famílias desestruturadas, pobres ou miseráveis.





