Jaime Campos admite não enviar emendas para VG e culpa falta de certidões negativas; “A prefeitura está inadimplente com tudo” diz

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O senador Jaime Campos (DEM) admitiu ao VG Notícias que não tem destinado emendas para Várzea Grande, devido o município não possuir certidões negativas, sendo, segundo ele, um dos principais problemas para chegada de recursos na cidade. O senador garantiu que o município perdeu R$ 10 milhões no ano passado de emendas destinadas por ele.

“Enviei para Várzea Grande no ano passado, R$ 10 milhões de emendas, que infelizmente foram perdidos devido à falta das certidões que a cidade não possui. Lamentavelmente, o município não tem estes documentos que são essenciais para o envio de emendas”, disse Jaime.

Segundo ele, todos os deputados federais e senadores de Mato Grosso querem muito destinar emendas para a cidade, para investimento na saúde, educação, infraestrutura, saneamento básico e outros setores, já que a cidade encontra em situação difícil.

“Todos os parlamentares têm essa vontade de enviar as emendas, mas não conseguimos, porque o município tem dívida com a União, além de não recolher o INSS. A prefeitura está inadimplente com tudo”, declarou o democrata.

De acordo com o senador, para Várzea Grande receber recursos do Governo Federal é necessário que a cidade se cadastre no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (SICONV), ferramenta do Governo Federal para a liberação de recursos aos Estados, municípios e Organizações Não-Governamentais (ONGs).

“O município precisa fazer o cadastro nesse sistema para que o Governo Federal possa fazer o repasse ao Estado e depois enviar as emendas para Várzea Grande. Mas a cidade ainda não fez este cadastro”, destacou Jaime.

No entanto, é importante destacar que durante a campanha eleitoral em Várzea Grande no ano passado – que elegeu Walace Guimarães (PMDB)-, Jaime Campos e seu irmão, o deputado federal Júlio Campos (DEM), se comprometeram em destinar emendas para a cidade. Todavia, somente o deputado cumpriu com a promessa e destinou em novembro – na gestão do ex-prefeito Maninho de Barros (PSD)- R$ 18 milhões para reestruturar o abastecimento de água e esgoto do município, verba esta que veio via governo do Estado.

Certidões Negativas - Um dos grandes problemas de Várzea Grande é a quitação da dívida do município - adquirida por gestões passadas e que ultrapassa segundo o atual prefeito Walace, mais de R$ 500 milhões.

De acordo com o ex-prefeito, Sebastião dos Reis Gonçalves – o Tião da Zaeli (PSD), a dívida tem mais de 40 anos e foi adquirido por meio de empréstimos de gestões passadas como a de Branco de Barros (final da década de 80), Nereu Botelho (ficou no cargo de prefeito de 93 a 96), Júlio Campos (de 73 até 77) e de Jaime Campos (que exerceu três mandatos 1983/88, 1987/2000, e 2001/2003).

por Lucione Nazareth/VG Notícias