Garotas 'vendem o corpo' na Internet e faturam alto


O mercado se expande e, nem mesmo o risco de doenças como AIDS e Hepatite, afugentam clientes e profissionais. O RepórterMT conversou com algumas dessas profissionais e descobriu histórias curiosas.

pensoumulher.abril.com.br
Sites oferecem dezenas de garotas em CuiabáSites oferecem dezenas de garotas em Cuiabá
ANDRÉ MICHELLS

A profissão mais antiga do mundo nunca foi tão cultuada como hoje. O sexo, em troca de dinheiro e até de favores, vem cada vez mais ganhando espaço e se tornando algo comum na sociedade moderna. O que se via, antes nas telinhas, telonas e prostíbulos, agora, se vê com facilidade no "bar da esquina."


RepórterMT  flagrou uma cena constrangedora em um dos points mais movimentados da Capital, onde um garçom estaria fazendo a vez de agenciador de garotas para clientes. Uma exposição desnecessária já que, não é de hoje, há sites em Cuiabá especializados neste tipo serviço. É o sexo delivery. Principalmente garotas e, em menor númeor, rapazes e travestis, atendem nos motéis, hotéis e, claro, em domicílio. Basta abrir um site, escolher no "cardápio", ligar e marcar hora e local.

O esquema funciona da seguinte forma: todas as meninas oferecidas nos sites têm um celular de contato e, claro, um nome 'fantasia'. Algumas são estudantes de universidades e fazem programas para pagar os estudos; as famílias, em outras cidades ou estados, nem desconfiam. Outras estão apenas para ganhar dinheiro e voltar, quem sabe um dia, para a cidade natal e levar uma vida mais comum, sem que ninguém saiba de nada, é claro!

Nos sites, o cliente escolhe pelas fotos, dispostas todas em poses pra lá de sensuais, mas, na maioria das vezes, com o rosto coberto. O interessado, então, marca hora e local e, a garota, correndo um sério risco de cair numa emboscada, se apresenta como combinado.  O RepórterMT entrou em contado com algumas profissionais do sexo. Os preços variam entre R$ 150 e R$ 1 mil - dependendo do nível de beleza.

A profissional Júlia (nome fictício), de 22 anos, conta que já passou por maus bocados na profissão, mas que vale a pena o risco pelo dinheiro que ganha, R$ 200 por programa. Ela chega a ganhar R$ 7 mil por mês e já é dona de alguns imóveis.

Mas nem tudo é festa. Júlia disse que já apanhou de um cliente, que não queria pagar pelo serviço. “Ele me bateu tanto que desmaiei; quando acordei estava sozinha no quarto e ainda tive que pagar a conta”, confidenciou.

Dayse e Bruno, ambos de 25 anos, são namorados e fazem programas para ganhar a vida. O casal conta que já foi à Europa e Estados Unidos nos últimos dois anos. Tudo pago com dinheiro 'ganho na cama'. “Além de viajar bastante, também já temos um bom apartamento no litoral (não quiseram revelar onde) e dois carros; tudo quitado com dinheiro do sexo”, dizem.  Ciúme? Segundo o casal, a palavra não consta em seus dicionários.  “Estamos nisso por dinheiro e, no tempo certo, vamos parar e morar numa bela casa de praia”, dizem. 

Apesar do “trabalho” em comum, os dois têm um pacto; nunca perguntar como foi o dia do outro. A ideia é justamente não dar espaço para o ciúme entrar, segundo o casal. Além disso, jamais transar sem camisinha.

Rúbia, 24 anos, trabalha como garota de programa há quatro anos. Ela veio do interior de São Paulo para Cuiabá. Em princípio, trabalhava em um shopping como vendedora.  Com 1,78 m e cabelos loiros, foi incentivada por uma colega a fazer programas para melhorar a renda, que não passava de R$ 900 por mês. Hoje, Rúbia não quer nem se lembrar da vida que levava atrás de um balcão.


 “Atendo gente de todo tipo; já tive problemas sim, mas vale o risco. Tiro em torno de R$ 9 mil por mês e já comprei casa, carro, e montei uma empresa para minha irmã; ela toca com minha mãe e as duas sabem tudo o que eu faço”, admite.  Rúbia disse que costuma cobrar até R$ 300 dependendo do cliente. “A primeira vez cobro mais caro; se eu gostar e o cara virar freguês, a gente renegocia o preço”, diz.

VIDA NA RUA


Mas se há glamour e grana por um lado, por outro há solidão e desespero. Na rua há mais de dois anos, Miriam, de 23 anos, já aparenta ter mais de 30. Ela conta que tem dois filhos e, ao ser abandonada pelo marido, foi obrigada a se prostituir, já que não tinha profissão e trabalhando de forma convencional, não conseguia, sequer, um salário mínimo de renda. Ela trabalha nas ruas e não faz anúncio em sites nem jornais.

“Era impossível cuidar dos meninos com o que ganhava, foi quando uma amiga me colocou nesse ramo. É ruim, não gosto, mas consigo ganhar R$ 2 mil por mês”. Ela conta que, com o que ganha já pôde se mudar para uma casa melhor e começou a estudar. “Quero sair dessa vida”, diz.

Miriam já apanhou na rua, foi assaltada e até esfaqueada, mas diz que prefere continuar até terminar o curso que faz e poder trabalhar de forma segura e tranquila.

O mercado se expande e, nem mesmo o risco de doenças como AIDS e Hepatite, afugentam clientes e profissionais. Os entrevistados garantem que realizam exames periódicos e, nunca, em hipótese alguma, fazem sexo sem camisinha, apesar da insistência por parte de alguns clientes.  Não há estatísticas oficiais sobre o número de profissionais do sexo em Cuiabá, mas em apenas um site, que oferece garotas, foram contadas mais de 100 pessoas oferendo os serviços.  

Os dois sites mais conhecidos na Capital de MT são:  www.garotascentrooeste.com.br e o  acompanhantescuiaba.com.br . 


Os sites citados não agenciam as garotas, apenas servem como instrumento de divulgação das pessoas que prestam o serviço de “acompanhantes”.  Para anunciar no classificado do sexo, as garotas, garotos, gays, lésbicas, travestis e transexuais, devem ser comprovadamente maiores de 18 anos. Pelo menos é o que informam as respectivas as páginas. A maioria dos anúncios é de mulheres. 

Fonte:http://reportermt.com.br/variedades/noticia/26522
 

0 Comments:

Postar um comentário

Para o Portal Todos Contra a Pedofilia MT não sair do ar, ativista conclama a classe política de MT
Falta de Parceiros:Falsos militantes contra abuso sexual e pedofilia sumiram, diz Ativista
contato: movimentocontrapedofiliamt@gmail.com