Audiência pública aconteceu na Assembleia Legislativa nesta quinta.
Três acusados presos pela Operação Delivery prestaram esclarecimentos.
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Parlamentares federais e representantes do Ministério da Justiça estiveram nesta quinta-feira (28), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), em Rio Branco, capital do estado, participando de uma audiência pública que discutiu assuntos relacionados ao tráfico de pessoas para exploração sexual.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ganha força no estado do Acre com o processo originado pela Operação Delivery, que investiga uma rede de exploração sexual de mulheres e menores. Os deputados pretendem criar projetos para deixar mais rígidas as punições para esse tipo de crime.
Outro ponto que a CPI pretende abordar é o tráfico de pessoas, um debate discutido até mesmo na ficção, como na novela 'Salve, Jorge', exibida pela Rede Globo de Televisão, onde personagens são envolvidos em trabalho escravo, tráfico internacional de pessoas e exploração sexual, uma realidade bem próxima da nossa região, segundo o procurador de Justiça Carlos Maia, coordenador de Defesa da Infância e Juventude do Ministério Público Estadual do Acre.
Ele diz que existe uma grande rede de agenciamento de pessoas para fins de exploração sexual, principalmente nos municípios que fazem fronteira com Peru e Bolívia, e no estado de Rondônia, onde estão sendo realizadas as obras da usina hidroelétrica do rio Madeira.
Para o coordenador, a CPI chegou tarde ao Estado e os deputados acreditam que a opinião pública precisa participar dessa discussão.
Para o coordenador, a CPI chegou tarde ao Estado e os deputados acreditam que a opinião pública precisa participar dessa discussão.
O presidente da CPI, deputado federal Arnaldo Jordy (PPS-PA), afirma que o trabalho da Comissão está associado ao sentimento da opinião pública brasileira. "A sociedade não aceita mais esse tipo de pirotecnia que não dá em nada. O nosso objetivo aqui é, nos limites da lei, apurar, pedir o indiciamento e acompanhar os indiciados para que os criminosos possam ser punidos exemplarmente", afirma.
Ele ressalta que é preciso maior participação social para tentar pôr fim a esse tipo de prática criminosa no país. "O mais importante, talvez, é dizer para a sociedade que esses crimes estão muito mais próximos do que se imagina, não é coisa de ficção de novela. O Brasil é o sexto país com maior recorrência da prática de crime contra os direitos humanos e contra o tráfico de pessoas e é preciso que a sociedade denuncie. Sabemos que é constrangedor, mas é preciso prevenir", conclui Jordy.
Três acusados da Operação Delivery são ouvidos
Durante a tarde desta quinta-feira, os representantes da CPI ouviram três dos acusados na Operação Delivery. Jardel de Lima Nogueira, apontado pela Justiça como líder de uma quadrilha que aliciava menores em Rio Branco falou durante pouco mais de uma hora à Comissão da Câmara dos Deputados.
Durante a tarde desta quinta-feira, os representantes da CPI ouviram três dos acusados na Operação Delivery. Jardel de Lima Nogueira, apontado pela Justiça como líder de uma quadrilha que aliciava menores em Rio Branco falou durante pouco mais de uma hora à Comissão da Câmara dos Deputados.
Questionado pelos parlamentares, ele negou a liderança da quadrilha e também que conhecesse todos os acusados e denunciados pela Justiça. Jardel Lima disse ainda que não era responsável pelo transporte das jovens até os clientes e solicitou aos deputados a proteção do Estado dentro da unidade prisional aonde está encarcerado.
*Colaboraram Elizânia Dinarte, Thiago Rogeh e Francisco Lopes, da TV Acre
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