O prefeito Mauro Mendes (PSB) minimizou a eleição do vereador oposicionista João Emanuel (PSD) à presidência da Câmara Municipal de Cuiabá e acredita que seu trabalho à frente do Palácio Alencastro não sofrerá interferências políticas com o intuito de prejudicá-lo.
“Espero uma boa relação com o Legislativo. Sempre disse que vou respeitar o trabalho importante que a Câmara Municipal tem de fiscalizar e acompanhar atos do Executivo. Aposto na maturidade e responsabilidade dos vereadores. Cada um foi eleito para produzir o melhor para Cuiabá. Ninguém será louco de fazer oposição burra para prejudicar Cuiabá, pois, será danoso à população”, declarou. Questionado se sentia traído pelos vereadores do PSB Faissal e Onofre Júnior que votaram em João Emanuel para a presidência do Legislativo mesmo com a orientação partidária de votar em Adilson Levante, Mendes afirmou que essa questão vai ser tratada internamente no partido. “Não vou me pronunciar a respeito dessa questão específica. Essa questão partidária vai ser tratada pelo vice-presidente Robério Garcia”.
Dos 25 vereadores da Câmara de Cuiabá, 11 pertencem à base aliada do prefeito Mauro Mendes, que são parlamentares do PSB, PDT, PPS, PV, PR e PTB.
A bancada do PSDB composta por 3 parlamentares é considerada de oposição, juntamente com o PT que tem 2 vereadores. O PMDB e o PRP com 2 vereadores cada têm a proposta de assumir uma postura mais independente. O PTdoB e o PRTB, com 1 vereador cada, apoiaram as candidaturas a prefeito de Guilherme Maluf (PSDB) e Carlos Brito (PSD) e adotam o discurso de independência.
De acordo com o analista político João Edisom de Souza, Mauro sofreu a sua primeira grande derrota já como prefeito de Cuiabá. “Faltou articulação política do grupo do prefeito recém-empossado para conseguir eleger o presidente da Câmara. Isso vai refletir em sua gestão”. Ele completou ainda que a eleição da Mesa pode refletir no processo eleitoral de 2014.
