Criança vítima de abuso sexual filma ação de estuprador em celular

Autor(a): Barros Filho Função: Repórter
Data:

A DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) inicia hoje investigações para apurar denúncia de estupro que teria sido praticado por um idoso de 72 anos, que reside na zona sul, contra um menino de 7 anos, que era seu vizinho e frequentava a sua casa. A família da criança desconhecia que, no passado, ele já havia cometido crime do gênero. Os abusos sexuais foram descobertos porque o menino gravou vídeos em seu celular, onde o acusado exibe seus órgãos genitais. O fato foi levado ao conhecimento da polícia na manhã de terça-feira.

O pai da criança, de 27 anos, no depoimento que prestou à polícia e, posteriormente, em entrevista, declarou que pegou o aparelho celular do filho para ver o que ele filmou ao longo dos últimos dias. Para a sua surpresa e desespero, três vídeos salvos na memória do celular revelaram os abusos.
Nas imagens aparece o homem que a família, até então, tinha total confiança. O idoso de 72 anos, tratado como “avô” pelo menino, foi filmado pela própria criança, em um quarto de sua residência, exibindo seus órgãos genitais. Nas falas que mantém com a vítima, o acusado diz que, juntos, vão produzir “filmes pornôs”.
A revolta tomou conta dos familiares. A Polícia Militar foi acionada através do telefone 190. Os componentes da guarnição da 1ª Companhia, após assistirem as gravações, detiveram o acusado em sua casa.
Nas declarações que prestou aos policiais, o acusado revelou que já esteve preso por estupro de menores e confessou que convidou a criança para fazer filmes pornôs. Ele ainda revelou que passou as mãos nas nádegas da criança. “O que vi é monstruoso. Ele não é gente. É um monstro”, disse, revoltado, o pai.
O caso foi apresentado no Plantão Policial. O delegado Rafael de Paula Leão, por entender que não havia elementos para a prisão em flagrante, determinou a elaboração do boletim de ocorrência para averiguação de estupro. Cópias da ocorrência chegaram no final da tarde de ontem à DDM, em razão do início das atividades da Delegacia Seccional ter ocorrido somente às 13 horas. O caso começa a ser apurado hoje.
O acusado, segundo vizinhos, não foi mais visto nas imediações de sua casa depois do registro da ocorrência.
Compartilhar