Culto ecumênico marcou início da concentração no centro da cidade para homenagear os 231 jovens mortos no incêndio da boate Kiss, no domingo
Marcela Donini e Luís Bulcão, de Santa Maria
Michele Dias de Campos cursava medicina veterinária desde 2012. Segundo ex-professores, era uma aluna muito dedicada. - Reprodução
Mais de 40 horas depois de passar pela maior tragédia de sua história - que deixou 231 mortos-, Santa Maria ainda reage com demonstrações de solidariedade. Enquanto aguardava o início de uma caminhada em homenagem às vítimas pelo centro, um grupo de jovens distribuía água e refrigerantes doados pela população, gesto comum por toda a cidade gaúcha entre os que tentam contribuir de alguma forma para amenizar o sofrimento alheio.
Um dos voluntários resumiu o sentimento que motivava ele e os amigos, e minimizou a importância da ajuda. "Ninguém ficou sem fazer nada, e eu estou fazendo a minha parte", disse o desenhista industrial de 30 anos, que prefetiu não se identificar. "Sou como todo mundo."
Em outro grupo de estudantes, uma jovem em particular chamava a atenção pela quantidade de balões brancos que carregava. Universitária da Federal de Santa Maria, ela contava aos amigos que havia conseguido escapar da boate Kiss logo após o incêndio. "Fui dormir sabendo que havia seis mortos. Quando acordei, já eram mais de cem", contou a menina, que preferiu poupar os pais do acontecido na casa noturna que frequentava assiduamente.
Do outro lado da Praça Saldanha Marinho - onde a mobilização começou às 18 horas, com um culto ecumênico -, Rita Isabel Franco, distribuía 50 faixas de tecido preto, que ela mesma confeccionou, para que os integrantes da caminhada colocassem no braço, em sinal de luto. Ali, estavam reunidos sobreviventes, familiares e muitos que não tinham qualquer relação direta com a tragédia, e só queriam fortalecer os fragilizados.
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