Aliados de José Riva e João Emanuel acionam MP contra aumento na tarifa de ônibus


Priscilla Silva - Especial para o Olhar Direto
Foto: Priscilla Silva - OD
Entidades acionam MP contra aumento na tarifa de ônibus
Cerca de 70 entidades ligadas a movimentos sociais, estudantis e sindicais irão acionar o Ministério Público Estadual (MPE) para que ele proponha uma ação civil pública que revogue a majoração da passagem de ônibus em Cuiabá. A informação é do representante da Associação dos Usuários do Transporte Coletivo (Assut), João Batista, que se reuniu na manhã de hoje com o presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador João Emanuel (PSD). 


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A declaração foi feita na manhã desta quarta-feira (16), mesmo dia em que a Frente de Luta pela Revogação do Aumento da Tarifa entregou a João Emanuel uma carta de reivindicação contra o aumento da tarifa. No ano passado, a taxa de R$ 2,70 que era cobrada na capital e R$ 2,60 em Várzea Grande passou a ser unificada para o valor de R$ 2,95.

De acordo com a Frente, o aumento da tarifa é abusivo e tem indícios de superfaturamento se comparado com o resultado da CPI dos transportes realizadas em 2005. “Em 2005, foi feita uma CPI que constatou que a passagem de R$ 1,60 deveria ser R$ 0,81. Naquela época foi mostrado que as empresas de ônibus superfaturavam o valor do óleo diesel e dos pneus utilizados pela frota. Se naquela época já era superfaturado imagem hoje”, argumento Eduardo Matos.

Dentre as reivindicações feitas pela Frente está a revogação da tarifa, a abertura de uma ampla discussão na Casa de Leis sobre a situação do transporte público na capital e que essa discussão seja subsidiado pelo relatório da CPI de 2005. Outro ponto levantando e que a votação quanto ao aumento da taxa seja votada na Câmara.

Manifestação
Há uma semana a Frente realizou um panelaço em frente à Prefeitura de Cuiabá em que pediam uma audiência com o prefeito, Mauro Mendes (PSB). Um grupo de dez pessoas foi recebido pelo secretário de Governo, Fábio Garcia. Segundo relatos dos manifestantes que participaram da reunião, o posicionamento foi de que os estudantes que estavam organizando o manifesto não poderiam reivindicar, pois não pagam passagens.

A questão foi levantada durante a entrega da Carta e defendida pelas entidades. Segundo eles, a Frente não é formada só por estudantes e sim por vários representantes da sociedade. O presidente da Casa de Leis, João Emanuel, os estudantes também pagam ônibus através dos impostos recolhidos pelo governo. O presidente da Câmara também se comprometeu em discutir a questão já na primeira sessão da Câmara de Vereadores, dia 5 de fevereiro.