MPE investiga suposta exploração sexual em site de MT

Portal possui mais de mil videoclipes em poses sensuais alusivas à Copa 2014

MidiaNews
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O MPE, segundo Paulo Prado, está dando uma atenção especial à questão envolvendo o site

DA REDAÇÃO
O Ministério Público Estadual está investigando o portal “Garota Copa Pantanal 2014” (www.garotacopantanal2014.com.br), de Cuiabá, sob a acusação de divulgar vídeos na Internet com imagens de menores em trajes de banho e posições considerada sensuais. A denúncia foi publicada nesta quinta-feira (29) pelo site G1(confira AQUI), da Rede Globo.
Circulam no portal 1089 vídeos das menores em restaurantes, bares, lojas, piscinas, churrascarias e em outros locais. 
São vários estabelecimentos que usam o portal para fazer propaganda. Em todos, existe em comum a presença das adolescentes. Elas aparecem vestidas com camisetas verde e amarelo, short curto ou calcinha de biquíni.

Os vídeos foram feitos em várias cidades: Cuiabá, Várzea Grande, Barra do Garças, Mineiros (GO), Rio de Janeiro, São José do Rio Claro (SP), entre outras. Em todos os vídeos, as meninas usam camisetas com a inscrição "Garota Copa Pantanal 2014".

O caso também é investigado pela Polícia Civil. A pedido do Ministério Público, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso instaurou inquérito e nomeou a delegada Daniela Silveira Maidel para conduzir as investigações.

A Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) em Cuiabá também foi acionada.

A delegada intimou o responsável pelo grupo “Garota Copa Pantanal 2014”, o empresário Reinaldo Luís Akerley Cavalcante, 40, para prestar depoimento, ainda nesta quinta-feira (29).

A investigação apurou que os vídeos foram produzidos com a autorização dos pais das meninas. O MP entendeu que não é admissível que menores de idade se exponham, para o mundo todo, por meio de vídeos na Internet, mesmo com autorização dos pais.

O procurador Paulo Prado, chefe do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, disse ao MidiaNews que esse caso tem merecido uma atenção especial, devido à gravidade da situação. O procurador apontou os fatos mais graves. 
“São várias situações complicadas e criminosas que o acusado faz. Ele, além de expor essas menores, com roupas íntimas, uma verdadeira exposição sexual, usa a marca da Copa do Pantanal, sem autorização da Fifa e nem mesmo da Secopa. Não podemos permitir que se venda essa imagem do Brasil, essa imagem sexual. Não podemos permitir esse tipo de atitude com as pessoas daqui. Essas imagens correm o mundo. O que os turistas irão pensar?”, observou Prado.

Investigações 
A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que cinco menores já foram ouvidas. Todas teriam negado ter sido vítimas de exploração sexual ou prostituição. As menores disseram que receberam propostas de emprego garantido, no período da Copa do Mundo de 2014.

A Secopa comunicou à agência sobre o uso indevido da marca da Fifa. A entidade pediu para Cavalcante retirar a logomarca da federação das camisetas e não usar mais o nome "Copa 2014".
O Governo do Mato Grosso garante que não há nenhum vínculo entre a administração e o evento.

A Secopa enviou nota oficial sobre o caso, veja:

A Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo FIFA 2014 (Secopa) esclarece que não tem qualquer vínculo com o projeto "Garota Copa Pantanal 2014" ou qualquer outra promoção deste tipo.

No início do ano, a pedido da assessoria jurídica da Fifa, a Secopa notificou o responsável pelo projeto "Garota Copa Pantanal 2014", Reinaldo Luís Akerley Cavalcante, sobre o uso não autorizado de marcas da Federação.

A assessoria jurídica da Secopa tomou as providências legais para impedir o uso não autorizado das marcas e a divulgação indevida de apoios que não correspondem à realidade.

Até a tarde desta quinta-feira, era possível ver os vídeos da garotas pela página:http://www.youtube.com/user/COPAPANTANAL2014 

Outro lado
MidiaNews não conseguiu manter contato com Reinaldo Cavalcante, responsável pelo grupo "Garota Copa Pantanal 2014".
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