IMPASSE | 03/08/2011 - 17:14

Silval endurece discurso e manda Zilio discutir reivindicações na AL

Patrícia Sanches e Andréa Haddad

     Mesmo com as duras críticas na Assembleia, o governador Silval Barbosa (PMDB) não cedeu às pressões para negociar novo acordo com as três categorias do funcionalismo estadual em greve. Em reunião em seu gabinete, no Paiaguás, o peemedebista ponderou nesta quarta (3), ao grupo de 13 deputados presentes, que o secretário estadual de Administração, Cesar Zílio, vai comparecer ainda nesta semana à AL para debater as reivindicações dos servidores. Porém, Silval mantém a decisão de não dialogar com as categorias, até que as paralisações sejam encerradas.

     Agentes da Polícia Civil e funcionários da Sema e do Detran lotam as galerias da Assembleia na tentativa de pressionar os deputados a cobrar providências de Silval. Porém, o chefe do Executivo não demonstra disposição em ceder, pois a própria Justiça Estadual decretou a ilegalidade das greves dos servidores da Sema e Polícia Civil.

     Diante da intransigência da cúpula do Paiaguás e dos representantes dos três sindicatos, o presidente da AL, José Riva, ameaçou suspender a sessão matutina desta quarta para que todos os deputados pudessem discutir o assunto com Silval. Pego de surpresa, o peemedebista adiou a reunião, prevista para esta manhã, para a tarde, sob o argumento de que aguardava os documentos referentes às rodadas anteriores de negociações para debater as propostas com os deputados.

     Com isto, Silval aproveitou para ganhar tempo e consultar assessores mais próximos, que o recomendaram manter a postura firme, a exemplo do que ocorreu na paralisação dos servidores da Educação. Diante da possibilidade de ter os dias de greve descontados dos salários, com a determinação da ilegalidade do movimento pelo Judiciário, professores e demais profissionais da área da Educação retornaram às atividades. A expectativa do governador é de que servidores da Sema, Detran e Polícia Civil tomem a mesma atitude, mas, a julgar pela fisionomia dos grevistas, a paralisação deve perdurar por dias a fio.