Nesta sexta-feira (05), serão atendidos pelo próprio secretário César Zílio, os servidores do Detran na sede AL
DA REDAÇÃO
Por mais de três horas, os deputados estaduais estiveram reunidos na tarde desta quarta-feira (03.08) com o governador Silval Barbosa, na sede do Palácio Paiaguás. Inconformados, os parlamentares foram reivindicar ao Governo a abertura das negociações com as categorias de servidores públicos que estão em greve por reestruturação das carreiras. Para o presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP), a audiência trouxe alguns avanços, porém ratificou o seu posicionamento contrário a do Governo de não negociar com servidores em greve. "Acho que quem deveria dar uma demonstração de humildade é o governo", declarou o chefe do Legislativo.
Segundo ele, a Assembleia Legislativa cumpre o seu papel de intervir em situações como essas, que impactam o setor financeiro do estado. "A reunião atingiu alguns objetivos, mas queríamos que o Governo atendesse as categorias ainda hoje. Em minha opinião, o governo sempre perde quando não abre para o diálogo. Foi assim com o saudoso Dante de Oliveira. Na época do ex-governador Blairo Maggi houve resistência no início, mas depois o diálogo prevaleceu obtendo êxito nas negociações. E também com o prefeito de Cuiabá Wilson Santos que não abriu ao diálogo e perdeu", pontuou Riva.
O deputado destacou a necessidade do próprio governador Silval Barbosa de sentar para discutir com cada uma das categorias ainda nesta quarta-feira. "Não fez e será o secretário Zílio que vai atender. Segundo o governador, ele tem toda autonomia e, vendo que é possível fechar um acordo, fará", informou Riva. Ficou acertado que será feita uma agenda com a Assembleia Legislativa. Nesta sexta-feira (05), serão atendidos pelo próprio secretário César Zílio, os servidores do Detran na sede AL; na segunda-feira (08) será a vez dos da Sema e na terça-feira (09) os investigadores e por último, na quarta-feira (10), os da Polícia Militar.
Pela situação financeira e impasse gerado com as categorias em greves como a do Detran e da Sema, que impactam na economia do estado, o deputado disse que se for necessário vai utilizar medidas previstas na Lei Complementar 101, a de Responsabilidade Fiscal, inclusive, de demitir servidores comissionados.
RECIPROCIDADE - Durante a reunião também foi conversado sobre a relação dos deputados com os secretários. A reclamação, em geral, é a dificuldade que os parlamentares estão tendo de serem atendidos pelos gestores das pastas. "Não é um problema com deputado A, B, ou com o Riva. É a forma de tratamento com todos, com o colegiado de deputados. E deixamos claro que a relação será recíproca, do mesmo jeito que os deputados foram tratados lá, os secretários serão aqui".
O OUTRO LADO - Ao se pronunciar sobre os encaminhamentos da reunião com os deputados estaduais e Governo do Estado para discutir a greve dos servidores do Detran, Sema e Polícia Civil, realizada na tarde desta quarta-feira (03), o secretário de Administração, Cézar Zílio reconheceu que o governo realmente administra Mato Grosso à mão de ferro. A declaração se deu em resposta ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP) que repudia a atitude do Executivo em não abrir para o diálogo com as categorias em greve, que é uma prerrogativa legal.
"O deputado [Riva] tem razão quanto à mão de ferro, pois temos compromissos a cumprir", disse Zílio. O secretário também informou que o governo vai apresentar dados do orçamento estadual às categorias na tentativa de convencê-los de que não há folga financeira para atender às reivindicações. "Vamos conversar com os servidores sobre as dificuldades orçamentárias e financeiras. Estamos no limite e os servidores serão alertados de que não é porque não queremos atendê-los, não temos caixa para isso", explicou Zílio.
"Faremos uma agenda em conjunto e trataremos a respeito das propostas que já foram remetidas aos servidores. Vamos ratificar a proposta que governo apresentou e fazê-los entender que já estamos no limite de responsabilidade e não podemos avançar sob pena de colocarmos as finanças e comprometer inclusive a folha de pagamento", declarou.






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