RIVA:Ao abrir “fogo” contra o governo, José Riva pode estar jogando o peso da sua força política para comandar o espaço de oposição, até aqui liderado por Percival Muniz

BJETIVO SERIA DELIMITAR "TERRENO" ELEITORAL EM 2012 E, PRINCIPALMENTE, EM 2014

Muito embora não declare abertamente que está rompendo politicamente com o governo de Silval Barbosa, o deputado José Riva, há dias, vem adotando uma linha que aponta nesse sentido. E a sinalização mais clara disso pôde ser vislumbrada na sessão vespertina de ontem (10), quando Riva, que já vinha,  através de entrevistas e declaração à Imprensa, criticando a atuação de vários membros do staff de Silval Barbosa, além de endereçar farpas ao próprio governador,  subiu à tribuna da AL e abriu “fogo” nem um pouco amigo contra integrantes do secretariado do Poder Executivo.
O pretexto para essa mudança na atuação política e parlamentar de Riva seria a insatisfação por conta das demandas que o deputado encaminha ao Executivo e, segundo se comenta, nem todos esses pleitos o Estado consegue atender a tempo. Quer seja por escassez de recursos, quer seja por dificuldades materiais na execução.
 E a gota d’ água no descontentamento de José Riva teria transbordado na fatídica sessão de ontem e quando ele fez questão de nominar alguns secretários com os quais não estaria satisfeito, entre os quais o de Transporte e Pavimentação Urbana, Arnaldo Alves.  Chegando a duvidar da competência do secretário para dirigir a pasta. 
“ROSÁRIO” DE QUEIXAS
O deputado desfiou um rosário de queixas contra Arnaldo, o qual, segundo Riva, não estaria respondendo, em prazo hábil, os requerimentos com pedidos de informação encaminhados pelo Poder Legislativo, além de que – sempre de acordo com o presidente da Assembleia Legislativa – o secretário estaria dando “chá de banco” em deputados que o procuram na secretaria.  Riva, que tem suas principais bases eleitorais em municípios do interior do Estado, também criticou o que considera falta de manutenção adequada nas rodovias estaduais.    
Sinalizando rumo, senão para ruptura, ao menos por assumir uma linha de independência na relação política com o governo,  o deputado disse defender que o PSD, partido que ele está liderando a fundação em Mato Grosso, não participe com a indicação de nomes para ocupar cargos no Executivo.
RIVA VERSUS MUNIZ
No mesmo tom adotado por Riva, na sessão da Assembleia, na parte da manhã de ontem, o deputado Percival, embora com outro foco, abriu suas “baterias” contra o governo estadual, criticando a Segurança Pública. Muniz, neste novo mandato, busca se firmar como o principal líder da oposição, com objetivo claro de delimitar território político e eleitoral com vistas a alçar vôos mais altos, em 2012, quando ensaia candidatura à prefeitura de Rondonópolis, e, principalmente, em 2014 – o seu grande sonho de disputar o governo do Estado ou uma das duas vagas ao Senado.  Mas, pelo jeito, com muito mais força política, Riva quer ocupar agora esse espaço até então dominado por Percival. Embora vistos como adversários entre si, os dois podem estar aliados momentaneamente na procura dos mesmos objetivos e que, mais à frente, podem se confrontar. Coisas da política!
LIDERANÇA
Quem acompanha os trabalhos da Assembleia e seus desdobramentos políticos, percebe os esforços do deputado Romoaldo Junior (PMDB), líder do governo naquela Casa, para mostrar, tanto da tribuna, como nas articulações junto aos deputados, que o governador Silval Barbosa – também oriundo do Parlamento Estadual – está empenhado em manter boa relação institucional e política com o Poder Legislativo.
Romoaldo, com suporte do Chefe da Casa Civil, ex-deputado José Lacerda, que também é funcionário licenciado da Assembleia Legislativa, e contando com apoio do próprio governador Silval Barbosa, vem se destacando no papel de líder do governo estadual – uma tarefa nada fácil, considerando os ataques corrosivos de Percival Muniz, engrossados agora pela força política de José Riva.
Por enquanto, esse empenho de Romoaldo e do governo, que contaria também com apoio da maioria dos deputados estaduais, tem mantido em espaço restrito o que, caso venha a se avolumar, ai sim, pode se transformar em uma crise entre os poderes Legislativo e Executivo. A ponto de vir a comprometer a própria governabilidade do Estado. O que, ao menos por ora, está descartado.
Da Redação

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