Riva diz que dinheiro de emendas não é bem usado pela prefeitura

As críticas do secretário de Saúde de Várzea Grande, Fábio Saad, de que faltam emendas destinadas à cidade por parte dos deputados estaduais não sensibilizaram o presidente da Assembleia, José Riva. Sem fazer questão alguma de manter a diplomacia, o parlamentar dispara não ser obrigação da AL assegurar recursos aos municípios, mas sim fiscalizar como eles são aplicados. "Do que adianta mandar um monte de dinheiro para lá, para ser mal gerido, como sempre foi?", alfineta.

O próprio prefeito em exercício Tião da Zaeli reconheceu, em entrevista ao RDTV nesta sexta (12), que a situação já se transformou em motivo de chacota no Estado. Acontece que num período de cinco meses a prefeitura trocou de comandante quatro vezes. O início da instabilidade foi em março deste ano, quando o então presidente da Câmara, João Madureira (PSC), assumiu o Paço Couto Magalhães depois que Murilo Domingos (PR) e Tião foram afastados para que o Legislativo investigasse supostas irregularidades na administração.

O retorno do prefeito e do vice aos seus respectivos cargos acabou agravando o problema. Acontece que Murilo e Tião ingressaram com ações separadamente, o que resultou num troca-troca na prefeitura. Além da cadeira do prefeito, a de alguns secretários também acabou passando por várias pessoas, inclusive a pasta de Saúde.

Saad, por sua vez, garante possuir um planejamento de todas as medidas que pretende adotar no tempo que ficar no comando da pasta. Entre os projetos que o secretário ressalta está a implantação de 5 PSFs e de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O problema, segundo ele, é que a secretaria conta com um orçamento mensal de R$ 3 milhões, dos quais R$ 2 milhões são "consumidos" apenas pelo Pronto Socorro. "Hoje Várzea Grande é totalmente dependente do Estado e das emendas parlamentares que, diga-se de passagem, são quase nada", reclama.

Autor: Laura Nabuco