Prieto não vê constrangimento em contrato de buffet

• Defensor também disse que não sabe se produtora é de sobrinho de Sérgio Ricardo

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  Divulgação 
  
  O defensor André Prietto, que contratou buffet de esposa de deputado de quem foi professor

  
  DA REDAÇÃO
  
  

  O defensor público-geral do Estado, André Prieto, afirmou que não vê nenhum tipo de constrangimento em relação ao fato do órgão ter contratado o Buffet Alphaville, de Andréia de Oliveira, esposa do deputado estadual Sérgio Ricardo (PR).
  
  O defensor e o parlamentar são amigos desde 2001, quando o primeiro foi professor do segundo no curso de Direito, na Unic.
  
  "Não vejo constrangimento, até porque, antes de qualquer medida, fizemos uma cotação de preços no mercado e contratamos através da técnica e da qualidade do serviço. O buffet dela realiza serviços para vários órgãos públicos... Ela vai deixar de trabalhar porque o marido é deputado?", questionou.
  
  Ao contrário do que foi denunciado pela ONG Moral, Prietto disse que foram gastos R$ 52 mil com o buffet, e não R$ 90 mil.
  
  "Foram comemorações da Semana do Defensor. A dispensa de licitação é algo perfeitamente autorizado por lei em algumas situações. Todas as cotações estão no procedimento", disse.
  
  "Denuncismo"
  O defensor, que foi denunciado ao Ministério Público Estadual por supostos gastos irregulares, disse que está sendo perseguido. "Eu reputo isso a um denuncismo genérico, sem pé nem cabeça... A finalidade é muito mais a de destruir a imagem da gente perante a classe do que apurar qualquer tipo de irregularidade", afirmou.
  
  Sobre o contrato da Defensoria com a produtora de vídeo Ilex, que seria de um sobrinho de Sérgio Ricardo, no valor de R$ 229, Prietto disse: "Eu desconheço que essa produtora seja de parente do Sergio Ricardo".
  
  Sobre os gastos de R$ 370 mil com combustível, entre abril e junho, o defensor-geral disse que "é simples de explicar".
  
  "Temos uma frota de 60 veículos. Essa quantidade de combustível não foi gasta, mas sim compramos vales, tickets. O defensor precisa de 300 litros de combustível para determinada comarca, por mês, a gente encaminha via sedex, temos um estoque de vales combustível para gastar até o final do ano".
  
  A Amazônia Petróleo e a rede de postos que fornece ao órgão. "É feita uma média e tem que ter estoque, tem que se planejar, se for comparar com qualquer outra secretaria, gastamos pouco", disse.