O Ministério Público (MP) revelou hoje que está a investigar casos de abuso sexual de menores que envolvem o homem conhecido por "Rei Ghob", que é também acusado do homicídio de quatro pessoas, três das quais jovens.
Numa informação enviada por escrito à agência Lusa, o MP confirmou que decorre no Tribunal da Lourinhã um processo “no qual se investiga a prática de ilícitos criminais contra a liberdade e autodeterminação sexual de menores” de que é suspeito Francisco Leitão.
A procuradora Sónia Oliveira baseou-se em inquirições e imagens da vida privada de alegadas vítimas, ouvidas no âmbito do processo dos homicídios, para mandar extrair certidões com vista à investigação.
A acusação dos quatro homicídios, deduzida no final de julho pela mesma procuradora e a que a agência Lusa teve acesso, adianta que a magistrada remeteu cópia do processo para ser junto ao inquérito dos alegados abusos sexuais, que se encontra em segredo de justiça.
O Correio da Manhã noticiou que Francisco Leitão é suspeito de ter violado 18 jovens numa cela subterrânea existente na sua casa, situada na localidade de Carqueja (Lourinhã).
Em relação ao caso que levou a Polícia Judiciária (PJ) a prender o suspeito em julho de 2010, a acusação refere que o arguido é acusado do homicídio de um idoso conhecido por “Pisa Lagartos” em abril de 1995, quando este foi viver para dentro de um automóvel na Carqueja e ambos se conheceram por negócios de sucata.
O arguido é também acusado de três crimes de homicídio qualificado relacionados com o desaparecimento de três jovens: Tânia Ramos, 27 anos (junho 2008), Ivo Delgado, 22 anos (junho 2008) e Joana Correia, 16 anos (março de 2010).
Segundo a acusação, o “arguido planeou a sua morte com mais de 24 horas de antecedência”.
A PJ não chegou até agora a encontrar os corpos, sendo por isso suspeito de quatro crimes de ocultação de cadáver.
Em relação às duas raparigas, Francisco Leitão foi “movido pelo ciúme”, uma vez que queria afastá-las dos respetivos namorados, Ivo Delgado (outro dos jovens que terá matado) e Luís Pinheiro, com quem o alegado homossexual “tinha mantido um relacionamento amoroso”.
Ivo Delgado acabaria por ser morto dias depois da sua parceira, uma vez que “não pretendia reatar o relacionamento e dava mostras de se querer afastar” de Francisco Leitão.
Para não ser suspeito e criar a ilusão de que estariam vivos, aproximava-se dos familiares mostrando “preocupação” e enviava-lhes mensagens de telemóvel a partir do número de telemóvel das vítimas.
No caso de Tânia, foi com a mãe participar o seu desaparecimento à GNR e, quanto a Joana, disse à família que estava a trabalhar na Roménia, através de uma chamada daquele país para a mãe.
Em relação a Ivo, levou o pai a Badajoz, entregou cartas e fotografias dele à irmã e chegou a pedir dinheiro à família para enviar para o jovem, justificando que ele estava em Espanha fugido da polícia, além de ter assegurado o pagamento de um crédito na conta bancária.
Francisco Leitão está em prisão preventiva a aguardar julgamento.






0 Comments:
Postar um comentário
Para o Portal Todos Contra a Pedofilia MT não sair do ar, ativista conclama a classe política de MT
Falta de Parceiros:Falsos militantes contra abuso sexual e pedofilia sumiram, diz Ativista
contato: movimentocontrapedofiliamt@gmail.com