PEDOFILIA:Polícia investiga se Joinville faz parte de rede de pedofilia

As meninas, de 12 a 16 anos, passaram a noite em um abrigo em Joinville - Leo Munhoz / Agencia RBSMariana Pereira | mariana.pereira@an.com.br

suspeito de aliciar as meninas foi preso em flagrante, por volta das 13 horas de quarta-feira, quando retornou ao hotel no Centro. A Polícia Civil informou que ele deve ser indiciado por exploração sexual e corrupção de menores, além de cárcere privado.

Após prestar depoimento, foi encaminhado ao presídio no fim da tarde. No carro dele, foram apreendidos documentos e um notebook, que serão analisados, adiantou o delegado Marcel Araújo de Oliveira, que será o responsável pelo inquérito.

Jeferson Gomes trabalha em uma empresa de ferramentaria em Sorocaba (SP). Esta era a quarta vez que ele se hospedava no mesmo hotel, em Joinville – segundo ele, a trabalho. O suspeito admitiu quarta-feira à imprensa que “armou” um programa para as meninas. Mas conta versão diferente para justificar a vinda delas a Joinville.

Conforme ele, as garotas o abordaram na praça em Juquiá (SP), pedindo carona para visitar a irmã de uma delas, que moraria em Joinville.

— Na metade do caminho, elas mudaram a história e disseram que essa irmã mora em Araquari —, diz.

— Só arrumei programa para elas porque elas queriam —, justificou.

Quando questionado sobre quem seria o cliente e se ganharia algo por isso, no entanto, ele desconversou. Jeferson afirma que as meninas dormiram no carro, no estacionamento do hotel, porque ele não tinha dinheiro e não teriam se importado.

— Eu não podia pagar hotel para elas. Elas que quiseram dormir no carro —, afirma.

A delegada Alessandra Rabello, da Delegacia da Mulher, Criança e Adolescente, diz que, de fato, duas meninas (irmãs de 16 e 13 anos) contaram que têm uma irmã, casada, que vive em Araquari. Mas não confirmaram o restante da versão do rapaz – sustentam que teriam concordado com o passeio, mas não em sair da cidade onde moram.

Para a polícia, explica o delegado Zulmar Valverde, da mesma delegacia, mesmo que as meninas tenham vindo para Joinville por livre e espontânea vontade e sejam realmente garotas de programa, os envolvidos podem ser acusados de exploração sexual infantil. Caso a vinda das meninas tenha ocorrido com a conivência das famílias, os responsáveis por elas podem chegar a responder pelos crimes.

Volta depende de avaliação
O Conselho Tutelar e o Juizado da Infância e Juventude de Joinville foram acionados para resolver a situação das meninas, que, após quase 24 horas sem comer, se alimentaram na Delegacia da Mulher. Aguardavam, ansiosas, pela volta para casa. “Falei com a minha mãe e ela brigou um monte.

A gente nunca tinha sumido assim antes”, dizia uma menina, à tarde, sentada nos degraus da porta da delegacia. A irmã dela, de 13 anos, escrevia versos num papel com caneta colorida.

— Tô brincando para passar o tempo —, disse, enquanto escrevia:

— Meu amor é igual coca-cola...

À tarde, as mães das meninas procuram o Conselho Tutelar de Juquiá (SP). Conforme o conselheiro Luiz Eduardo Morante, de Joinville, as meninas passariam a noite em um abrigo.

— As adolescentes estão sob medida de proteção e vão ficar ali até a Justiça autorizar recambiá-las —, explicou.

Segundo Morante, a situação das famílias será avaliada. Só depois será possível afirmar se elas voltarão para a guarda dos pais.

Hotel diz não ter registros
Outra questão a ser investigada é se houve negligência do hotel e de seus funcionários, que poderiam ter desconfiado da situação e acionado a polícia. Segundo a delegada Alessandra Rabello, a gerência contribuiu com as investigações, fornecendo imagens do circuito interno de segurança.
 

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