A recomendação de uma investigação foi feita pela Corte de Justiça da República, única instância habilitada na França a julgar ministros e ex-ministros
São Paulo
A justiça francesa decidiu, ontem, abrir uma investigação contra a nova diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, por suspeitas de envolvimento em um caso vinculado com o empresário Bernard Tapie.
A recomendação de iniciar uma investigação foi feita pela Corte de Justiça da República, única instância habilitada na França a julgar ministros e ex-ministros por fatos cometidos no exercício de suas funções. A investigação envolve decisões tomadas por Christine Lagarde quando era ministra das Finanças da França.
Promotores dizem que Lagarde abusou de seu poder ao aprovar um pagamento de 285 milhões de euros a Tapie, em 2008, para compensá-lo em sua alegação de que o banco Crédit Lyonnais - na época, estatal - o fraudou na venda de sua participação na Adidas, em 1993.
Ex-ministro de esquerda, Tapie mudou de lado no espectro político para apoiar a campanha presidencial de Sarkozy, em 2007. O empresário perdeu a causa na mais alta instância judiciária da França, em 2006, e estava apelando da decisão quando Sarkozy chegou ao poder.
Lagarde nega que tenha agido de modo impróprio. Ela passou por cima das objeções de alguns altos funcionários do ministério para deixar de lado o caso na Justiça e seguiu adiante com a mediação, argumentando ser necessário resolver rapidamente a longa disputa.
O complicado sistema judiciário da França pode fazer com que a investigação dure anos, pairando sobre Lagarde enquanto ela tenta deixar sua marca no FMI e obter o apoio de críticos, especialmente nações emergentes irritadas com seis décadas de domínio europeu no principal cargo do fundo.
Lagarde foi nomeada para o mais alto posto no FMI depois que o ex-diretor-gerente Dominique Strauss-Kahn - outro ex-ministro das Finanças da França - renunciou após ter sido preso em maio por acusações de tentativa de estupro de uma camareira de um hotel de Nova York.
LAMENTO
A presidente da Frente Nacional (FN), Marine Le Pen, lamentou ontem que a investigação aberta contra a diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, represente uma "nova humilhação internacional" à França, e responsabilizou o presidente Nicolas Sarkozy pelo caso.
Sarkozy optou por nomear "personalidades" ao FMI, com pleno conhecimento de que havia acusações contra elas, disse a líder do partido de extrema-direita em comunicado.






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