Projeto de enfrentamento à pedofilia realiza primeira capacitação de professores e voluntários
“Expressões de violência sexual contra a criança e o adolescente” é o tema do fórum que abre, no dia 12/04, a primeira capacitação para gestores e educadores do projeto “A MT de mãos dadas contra a pedofilia”. A iniciativa é do Portal Todos Contra a Pedofilia MT e pela ONG MT Contra a Pedofilia.
Cerca de 600 professores, orientadores e gestores vão ampliar o conhecimento sobre as diversas formas de violência sexual contra a criança e o adolescente, bem como sobre os sinais demonstrados pelas vítimas. A palestrante será a coordenadora da Sala da Mulher da Assembléia Legislativa do estado de MT, Janete Riva, especialista no tema.
“É importante que o profissional de educação saiba as diferenças entre as formas de violência, porque a escola é um espaço de identificação e de enfrentamento”, avalia o presidente da ONG MT contra a pedofilia,vereador Toninho do Gloria. “Muitas vezes, é difícil identificar se a criança sofre ou não algum tipo de violência, porque nem sempre há sinais físicos e cada uma reage de maneira particular”, completa. “Uma criança que sofre algum tipo de violência, como a sexual, pode expressar isso por meio de um comportamento agressivo, como também pode ficar calada, muda, não mostrar interesse pelas aulas”, esclarece.
Conceitos que serão trabalhados durante a palestra, conforme o Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes
Violência sexual: a violência sexual praticada contra crianças e adolescentes é uma violação dos direitos sexuais, porque abusa e/ou explora o corpo e a sexualidade de garotas e garotos. Ela pode ocorrer de duas formas: abuso sexual e exploração sexual (turismo sexual, pornografia, tráfico e prostituição).
Abuso sexual: nem todo pedófilo é abusador (ele precisa cometer o ato para ser abusador). Nem todo abusador é pedófilo. Abusador é quem comete a violência sexual, independentemente de qualquer transtorno de personalidade, aproveitando-se da relação familiar (pais, padrastos, primos etc.), da proximidade social (vizinhos, professores, religiosos etc.) ou da vantagem etária e econômica.
Exploração sexual: é a forma de crime sexual contra crianças e adolescentes por meio de pagamento ou troca. A exploração sexual pode envolver, além do próprio agressor, o aliciador – intermediário que se beneficia comercialmente do abuso. A exploração sexual pode acontecer de quatro formas: em redes de prostituição, de tráfico de pessoas, pornografia e turismo sexual.
Pedofilia: consta na Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) e diz respeito aos transtornos de personalidade causados pela preferência sexual por crianças e adolescentes. O pedófilo não necessariamente pratica o ato de abusar sexualmente de meninos ou meninas. O Código Penal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) não preveem redução de pena ou da gravidade do delito, caso seja comprovado que o abusador é pedófilo.
O 1º Fórum de Multiplicadores de Combate a Exploração Sexual e pedofilia terão entrada franca e é aberto a todos aqueles que se interessam pelo tema.
O diretor do Portal Todos Contra a Pedofilia MT http://www.todoscontraapedofiliamt.com.br/ ,João Batista de Oliveira,destacou que o projeto “MT de mãos dadas contra a pedofilia” pretende unir toda a comunidade no enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes.
As ações também visam orientar os adultos, principalmente os professores, sobre como abordar as vítimas e proceder ao constatar a violência. Para as crianças e adolescentes, a intenção é ensiná-las sobre como identificar, evitar e denunciar os criminosos.
Entre as atividades educativas, que incluirão esclarecimentos sobre a legislação e a rede de proteção à criança e ao adolescente, estarão palestras, fóruns, concursos de desenho, realização de espetáculos teatrais e musicais.
“Nosso objetivo é engajar a comunidade como um todo e atuar como mais um canal da sociedade Matogrossense contra a violência sexual contra crianças e adolescentes”, esclarece o diretor do Portal Todos Contra a Pedofilia MT, João Batista.
“Geralmente, o professor detecta o crime em razão da mudança brusca de comportamento da criança. Então, a escola vai iniciar uma sondagem, procur dialogar com a criança, chamar a família”, informa João Batista. Segundo ele, quando a suspeita é confirmada, o Conselho Tutelar é acionado e este, por sua vez, denuncia à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente.
“Um dos maiores problemas é que, muitas vezes, a família não acredita ou tem vergonha de levar a investigação adiante. Algumas chegam a culpar a própria criança pela violência”, relata João. Atualmente, há vários casos suspeitos, levantados por professores. A ONG MT todos contra a pedofilia pretende mapear estas suspeitas e buscar meios de dar andamento às investigações.
Sinais apresentados por crianças e adolescentes que sofrem algum tipo de violência sexual |
Alterações de humor |
Pesadelos |
Comportamento agressivo |
Choros constantes e/ou sem razão aparente |
Falta de apetite |
Resistência em ficar junto com muitas pessoas |
Comportamento arredio à aproximação de adultos |
Ausência ou excesso de hábitos de higiene |
Queda no rendimento escolar |
Comportamento ou linguajar muito sexualizado para a idade |
Urinar na cama |
Serviço
1ª Capacitação do projeto “MT de mãos dadas contra a pedofilia”Diretor do Portal
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