Procurador recorre contra nulidade do PAC e contesta falha em licitação
No entanto, além das irregularidades apontadas pelo juiz titular da Segunda Vara Especializada da Fazenda Pública de Cuiabá, Márcio Aparecido Guedes, o Olhar Direto constatou que a empresa vencedora, a Encomind, apresentou o maior preço, dentre as outras três concorrentes.
Conforme consta do processo licitatório do lote 7 que quatro empresas participaram da concorrência, porém duas delas, a TCO e a Costa Gomes, apesar de terem apresentados preços inferiores, foram desclassificadas e não recorreram.
Sendo assim, a Engeglobal se propôs realizar as obras por R$ 18.731 milhões, enquanto a Encomind, vencedora da licitação, apresentou a proposta de R$ 19,561 milhões.
"A empresa Engeglobal apresentou preços inferior às consagradas vencedoras e a única que procurou a justiça. Buscamos socorro pelo ao Judiciário, porque as medidas administrativas não tiveram efeito", afirmou o advogado da empresa, Huendel Wender.
Outro fato alegado pelo procurador do município é que quando a Engeglobal propôs a ação ela havia sido considerada inabilitada por suposta fraude na documentação, porém, por meio de liminar, participou do processo licitatório. Sendo assim, a ação teria perdido o sentido.
O fato é que a comissão de licitação havia inabilitado a construtora por considerar inválido o atestado emitido pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Mato Grosso (Crea-MT) de uma obra antiga com valor em cruzeiro. Porém, a Engeglobal recorreu e conquistou uma liminar garantindo o direito em concorrer ao certame.
“A Procuradoria recorreu e está aguardando a decisão do Tribunal de Justiça, mas a liminar foi cumprida e a empresa participou da licitação, mas perdeu nos preços e não há novidade neste processo. A empresa apresentou preços maiores”, afirmou Biral em entrevista ao Olhar Direto, confirmando total desconhecimento dos valores.
Wender rebateu o procurador e explicou que a empresa não emitiu nenhum documento, não podendo ser responsabilizada por qualquer alteração no atestado emitido pelo Crea-MT.
"O procurador precisa se informar melhor antes de dar informação à sociedade, uma vez que quem emite o documento não é a empresa e sim o Crea-MT. Sendo assim, a Engeglobal não é responsável por qualquer alteração no referido documento. No que tange ao preço, a Engeglobal reitera que possuía o menor preço em relação às empresas vencedoras, sendo certo mais uma vez, que o procurador do município de Cuiabá não possui qualquer informação do processo, pois é fato público e notório os preços apresentados por todos os licitantes nas devidas concorrências, assim esperamos que o procurador se informe junto à sua assessoria e não tente jogar as irregularidades praticadas pela administração pública sob a Engeglobal", rebateu.
O processo está concluso para o relator, juiz Gilberto Giraldelli da Quarta Câmara Cível do TJMT, desde o dia 24 de fevereiro. O magistrado já havia negado o recurso da prefeitura interposto contra a liminar obtida pela Engeglobal.
O juiz titular da Segunda Vara Especializada da Fazenda Pública de Cuiabá, Márcio Aparecido Guedes, considerou grave o fato de a sessão de julgamento ter sido realizada de forma reservada, em afronta a publicidade exigida igualmente pela Constituição Federal. Além disso, a ata da sessão não estava assinada pela comissão de licitação. A lei exige a assinatura de pelo menos três membros da banca.
Biral informou ainda que dos oito lotes do PAC somente um ainda não foi licitado e está na fase de projeto.
O programa na capital está paralisado desde o ano passado e não anda devido às inúmeras denúncias de corrupção. Em 2009, as licitações foram anuladas pelo ex-prefeito Wilson Santos (PSDB) devido à deflagração da Operação Pacenas pela Polícia Federal.
Um serviço que deveria beneficiar a maioria da população vem sendo protelado pela negligência, desvio ético e total falta de comprometimento com a coisa pública.
Fonte: Olhar Diret
Procurador recorre contra nulidade do PAC e contesta falha em licitação
março 02, 2011
No comments
O procurador do município de Cuiabá, Fernando Biral, recorreu junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso da decisão que anulou a licitação dos lotes 6 e 7 do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na capital e demonstra desconhecer o inteiro teor dos processos licitatórios realizados pela prefeitura. Ele negou qualquer irregularidade no certame e informou que a empresa Engeglobal, autora da ação, teria sido desclassificada no quesito preço.
Por: Alline Marques
0 Comments:
Postar um comentário
Para o Portal Todos Contra a Pedofilia MT não sair do ar, ativista conclama a classe política de MT
Falta de Parceiros:Falsos militantes contra abuso sexual e pedofilia sumiram, diz Ativista
contato: movimentocontrapedofiliamt@gmail.com