Por: De Natal, Jana Sá
Transformar o combate e a prevenção à violência contra as mulheres em um objetivo permanente da sociedade. É com este objetivo que a Federação dos Conselhos Comunitários e Entidades Beneficentes do Estado do Rio Grande do Norte (FECEB) e a Confederação Nacional das Associações de Moradores (CONAM)) promovem o 1º Encontro Estadual de Mulheres Comunitárias do Rio Grande do Norte. A solenidade de abertura acontece na próxima sexta-feira, 18 de março, às 19h, no complexo Cultural João Chaves (Estrada da Redinha).
O encontro, que segue até 19 de março, visa discutir ações contra todo tipo de abuso e violência contra as mulheres e conta com o apoio da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), do Sindicato dos Petroleiros do RN (SINDIPETRO/RN), da Associação dos Docentes da Universidade Federal do RN (ADURN), da Federação das Entidades Comunitárias de Natal (FECNAT) e da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do RN (ACS-PM).
O debate se insere na programação do Dia Internacional da Mulher e acontece em meio a manifestações onde a luta contra a discriminação e a busca pela igualdade de direitos entre gêneros continuam como pauta central.
Segundo a representante da FECEB, Cristina Santos, com a realização deste encontro “os diversos movimentos sociais e feministas pretendem apresentar um diagnóstico e as estratégias para o combate à violência contra mulheres”.
“Devemos oferecer um olhar especial para a situação de violência, que ainda continua na invisibilidade das quatro paredes”, destaca o coordenador geral do SINDIPETRO/RN, Márcio Dias, ao ressaltar a importância em se discutir um conjunto de ações significativas na luta pela erradicação da violência contra as mulheres e garantia dos direitos humanos.
Violência Urbana
A violência é um sério problema que atinge milhões de mulheres no mundo todo, e de maneira intensa, nos países que compõem o Mercosul. Dados das Nações Unidas revelam que uma em cada três mulheres no mundo já foi espancada, coagida sexualmente ou vítima de algum tipo de abuso.
Durante a atividade, também serão debatidos os desafios para prevenir e enfrentar todas as formas de violência contra as mulheres a partir de uma visão integral deste fenômeno. Sua formulação deve estar baseada no entendimento de que a violência contra a mulher é um fenômeno de caráter multidimensional. Portanto, exige políticas públicas amplas e articuladas nas mais diferentes esferas da vida social: na educação, no mundo do trabalho, na saúde, na segurança pública, na assistência social, entre outras.
Lei Maria da Penha
Entre as conquistas obtidas pela secular luta das mulheres no Brasil, figura a Lei Maria da Penha (Lei Nº. 11.340/2006). A partir dela, os agressores passam a sofrer penas mais duras, e os instrumentos para que as mulheres denunciem e possam sair da situação de violência se tornam mais acessíveis.
A ampla divulgação da Lei na sociedade e a maior compreensão das mulheres de que seus direitos são humanos, ou seja, de que têm o direito a uma vida sem violência, digna e independente, faz com que as mulheres possam buscar apoio e romper com uma história de violência, por mais difícil que isso possa parecer. Quando apoiadas e com um serviço qualificado e que respeite as mulheres, elas passam a acreditar na possibilidade de construção de uma nova história de vida.
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