Nos últimos 50 dias foram registrados pelo menos oito casos de abuso sexual contra menores na delegacia de Lucas do Rio Verde.
Na última semana chegou ao conhecimento do delegado Marcelo Torhacs, pelo menos três casos, onde um dos abusadores está detido e os outros estão sob investigação.
“Todas as ocasiões onde ficou comprovado a existência do crime e que o indivíduo foi o autor, foi preso em flagrante se o crime foi denunciado imediatamente, ou eventualmente foi pedida a prisão dele. É um crime muito grave o estupro contra a vítima menor de 14 anos, considerado estupro de vulnerável e tendo pena de 8 a 15 anos de reclusão”, afirmou o delegado.
O estupro de vulnerável é hediondo e tem um tratamento diferenciado, de forma que os benefícios processuais como liberdade provisória não é concedido ao autor, que permanece preso durante todo o processo.
Estão sendo investigados pelo menos dois casos pela equipe de investigadores, onde o Conselho Tutelar também vem atuando. Um deles trata-se de um menino, onde foi constatado lesão na região anal, porém, não foi possível até mesmo com exames médicos, se houve abuso sexual de fato. Outro caso é em relação a uma criança que foi levada pela mãe até a delegacia com uma vermelhidão vaginal e por ser muito nova não consegue delatar o que teria acontecido. Não houve rompimento de hímen.
Sobre esses casos, Torhacs garantiu que as investigações devem continuar. “Por enquanto os indivíduos seguem em liberdade e se caso for realmente constatado a veracidade dos fatos vamos prendê-los. Quando temos provas cabais como à palavra da vítima que tem preponderância sobre a negativa do acusado, seja pelos exames periciais, o indivíduo é preso no flagrante ou pedimos a prisão dele”, salientou Torhacs.
O delegado acredita que não houve um aumento assustador desses casos em Lucas do Rio Verde, mas sim uma maior conscientização por parte dos responsáveis pelas vítimas, que noticiam os fatos, seja para o Conselho, seja na própria delegacia. “Eu acredito que os crimes sexuais sempre ocorreram. Não tem como eu dimensionar se ocorrem mais hoje do que ocorriam tempos atrás. No passado não se tinham elementos e a vítima bem como a família não sabiam o que fazer. Antes se colocavam os panos quentes, agora não, a mãe, eu tenho observado que ela corre, ela vai e denuncia. Isso tem nos permitido apurar os casos que forem surgindo. Isso é bastante satisfatório e vamos tirando de circulação esses indivíduos com perversão moral que vão colocando em risco essas crianças e adolescentes”, finalizou.
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