A instituição já foi denunciada em 2008 por ocorrências de espancamento, tortura psicológica, choque elétrico nas celas, ameaça com armas, constrangimento ilegal de familiares, entre outros crimes.
I.B. é pai do adolescente, então com 12 anos, que foi levado para a Tia Aurora depois de recair sobre ele uma acusação de estupro contra uma jovem de 21 anos, porém um laudo diz que a suposta vítima não teria mantido relações sexuais no período apontado.
O tormento do pai e da madrastra de F., que tem problemas psicológicos, aumentou quando o pedreiro ficou sabendo por meio da mídia que seu filho sofreu abusos sexuais dentro da Unei e ele ou outro parente não foram comunicados do fato.
Um boletim de ocorrência (1043/2010), que está sob sigilo por se tratar de adolescente, demonstra que um agente sócio-educativo levou ao conhecimento da Polícia Civil de Três Lagoas o fato.
O pai afirma que depois que tomou conhecimento sobre a violência sexual contra o filho foi até a Unei e pediu esclarecimentos do diretor, mas ninguém confirmou o fato.
Só na delegacia da cidade ele teve certeza do que aconteceu, e pior: funcionários impediram que ele entrasse na unidade para tentar falar com o filho, que teria revelado a uma tia que se sente envergonhado depois dos três abusos sexuais.
Ele recusa ficar frente a frente com o pai e ter que dizer que foi estuprado por um outro interno, que tem 15 anos e está foragido.
O pai afirma que quando o filho foi levado para a Unei recebeu a garantia de que o menino ficaria em cela isolada, mas, na verdade, foi colocado em contato com outros, prova é a violência sexual cometida em setembro de 2010.
Depois que F. foi internado na Unei Tia Aurora, o pai diz que só foi permitido um contato com o filho na primeira semana, isto em julho de 2010.
Dois meses depois, o adolescente foi violentado três vezes, inclusive quando da terceira vez foi lavrado um boletim de ocorrência que detalha que o menor de 15 anos amarrou-o o de 12 anos com uma camiseta e fez uso de uma faca artesanal (chuchu) para ameaçar a vítima.
Denúncia
A denúncia do pai foi levada ao conhecimento do procurador geral do Ministério Público Estadual, Conselho Estadual dos Direitos da Criança e dos Adolescentes, Conselho Estadual dos Direitos Humanos e Ordem dos Advogados do Brasil- Seccional Mato Grosso do Sul.
Posteriormente, o caso será levado ao conhecimento da secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República e também do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente).
Eliane Souza
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