Vereadores vão investigar contrato entre CAB e Prefeitura


Renivaldo recolheu 17 assinaturas para investigar contrato de água e esgoto

Mary Juruna
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O vereador Renivaldo Nascimento conseguiu 17 assinaturas
LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
O vereador Renivaldo Nascimento (PSD) protocolou, nesta semana, um requerimento com 17 assinaturas para criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o contrato da CAB Ambiental com a Prefeitura de Cuiabá, para os serviços de água e esgoto na capital.

O presidente da Câmara, João Emanuel (PSD), informou que vai instalar a CPI até o fim desta semana. Ele fará o mesmo com a CPI proposta por Toninho de Souza (PSD) para investigar a licitação do prefeito Mauro Mendes (PSB) para locação de maquinários. Ambas terão prazo de 180 dias para concluir as investigações.
"Se houver alguma irregularidade, não tem por que não investigar. Não vejo dificuldade em instalarmos duas CPIs ao mesmo tempo"

“Se houver alguma irregularidade, não tem por que não investigar. Não vejo dificuldade em instalarmos duas CPIs ao mesmo tempo. Afinal, temos 25 vereadores e os trabalhos podem ser desenvolvidos em paralelo. O regimento permite a instalação de até cinco CPIs ao mesmo tempo”, disse João Emanuel.

Essa é a terceira tentativa de instalar a CPI da CAB, neste ano. Antes de Renivaldo, Domingos Sávio (PMDB) e Chico 2000 (PR) já tentaram emplacar CPIs para investigar o contrato com a empresa, que acabaram naufragando.

Com o peemedebista, foi feito um acordo de que ele seria o relator de uma comissão especial de acompanhamento dos serviços da CAB. Para Renivaldo, porém, o trabalho da comissão especial não é suficiente.

“Desta vez, a CPI sai. Essa história de comissão de acompanhamento é só para acalmar os ânimos dos vereadores, que estão revoltados com os serviços da CAB. Mas, na verdade, essa comissão não resolve nada. Quando você não quer resolver alguma coisa, você cria uma comissão dessas. O que precisamos é de uma CPI, que realmente tem poderes, para investigar a fundo a situação desse contrato”, disse Renivaldo.

A CAB começou em atuar em Cuiabá em abril de 2012. O objetivo da CPI, de acordo com o pedetista, é analisar as cláusulas do contrato de concessão e seu cumprimento, e a má qualidade do serviço prestado aos cidadãos cuiabanos.

“Vamos também abrir as contas da Sanecap e da CAB, em Cuiabá. Não sabemos o quanto está sendo investido na Capital. Ao que parece, a CAB está querendo fazer caixa antes de investir, e não é assim que deve funcionar. Ao final da CPI, vamos sugerir as providências cabíveis. Podemos até recomendar o rompimento do contrato, se for necessário”, completou o vereador.

Outro lado
Em nota, a assessoria de imprensa da CAB negou irregularidades no cumprimento do contrato, e disse que "a empresa atua de acordo com princípios legais e conforme o contrato de concessão firmado com o poder concedente".

A nota diz, também, que "a CAB Cuiabá entende que o trabalho dos vereadores é parte do processo democrático".

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