José Ribamar Trindade
Redação 24 Horas News
A briga jurídica entre os milionários Filadelfo dos Reis Dias, de 58 anos, e Valdinei Mauro de Souza, o “Ney”, de 43 anos está próxima da verdade. Depois de perder na Justiça, que trancou um processo de uma suposta dupla tentativa de assassinato contra Filadelfo, que ainda teve seus bens devolvidos, “Ney” agora corre o risco de ser desmascarado por conta de uma segunda “falsa notícia crime”. Ney teria registrado uma ocorrência de ameaça de morte contra o ex-sócio Filadelfo, quando na realidade este fato nunca aconteceu. Ney agora estaria “fugindo” da Justiça”, pois sabe que no dia da suposta ameaça que ele mencionou no Boletim de Ocorrência (BO), o ex-sócio estava de férias.
A primeira falsa notícia crime teria sido depois de um atentado à bala em maio de 2012, na Fazenda Ajuricaba, na Praia Grande, na periferia de Várzea Grande. Ney só foi acusar o ex-sócio quatro meses depois que ele e um de seus atuais sócios tiveram o carro blindado onde estavam atingido 23 vezes por balas de diversos calibres.
Ney aceitou a versão de tentativa de latrocínio – roubo seguido de uma dupla tentativa de homicídio –, mas somente quatro meses depois resolveu mudar de ideia e acusar o ex-sócio como mandante do suposto atentado. Nei teria recebido ajuda e orientação de importantes e poderosos políticos de Mato Grosso. Quase um ano depois a Justiça acabou com a “festa” de mandou trancar a denúncia.
A segunda denúncia a que o Portal de Notícias 24 Horas News teve acesso com exclusividade revela uma história até certo ponto inacreditável, principalmente no ponto de vista jurídico. Às 9 horas da uma manhã do dia 9 de janeiro de 2012, dentro do Frans café, localizado na Praça Popular, no bairro do mesmo nome na central de Cuiabá, Ney teria sido ameaçado de morte por Filadelfo.
Filadelfo teria dito que iria matar, ele mesmo, Ney. Só que, segundo o Processo 90610/2012, o BO só foi registrado no dia 18 de maio de 2012, por coincidência, também quatro meses depois das supostas ameaças de morte que aconteceram em Cuiabá.
. Mas a maior aberração, no entanto, segundo a reportagem apurou, está justamente no próprio registro do BO com uma representação criminal, registrado na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande (Derf-VG), quando a notícia-crime teria que ser registrada na Comarca de origem do suposto crime, a Capital.
Para piorar ainda mais a situação jurídica de Ney, segundo ainda reportagem apurou, o empresário agora estaria se recusando a prestar informações sobre as denúncias que ele mesmo fez, chegando, inclusive a “fugir” das audiências. Em uma delas, ele apresentou um atestado médico de uma doutora de São Paulo.
Consta ainda do Processo, que depois da denúncia de Ney, foi o próprio empresário Filadelfo que exigiu que o caso, que já estava na Justiça, voltasse para a Polícia Civil para que fosse investigado com mais profundidade. Filadelfo desmentiu as acusações, e ainda confirmou que no dia da suposta ameaça mencionada por Ney ele estava de férias e nem estava em Cuiabá.
Filadelfo, segundo ainda a reportagem apurou, agora quer que a Polícia e a Justiça apurem se Ney recebeu ou recebe informações privilegiadas. O empresário também quer saber por que ele (Ney), resolveu registrar ocorrência em Várzea Grande, e não em Cuiabá, como seria o correto, para que as investigações ocorressem na Jurisdição do suposto crime de ameaça de morte.
Mais uma vez, no entanto, a reportagem do 24 Horas News tentou conversar pessoalmente com Ney e Filadelfo, mas nenhum dos dois atendeu as ligações telefônicas. Aliás, a apenas Filadelfo mandou um recado através de um intermediário, prometendo que só iria falar depois do julgamento do segundo processo.





