Um casal e um travesti acusados de exploração sexual e tentativa de estupro foram presos pela Polícia Civil, em Alto da Boa Vista (a 1.059 km de Cuiabá), nessa quinta-feira (15). Os três mantinham uma rede de prostituição de mulheres e adolescentes na região.
O casal L. S., de 35 anos, conhecido como "Baiana", e D. A. M., de 20 anos, de apelido "Indinho", e o travesti M. D. F. G., de 24 anos, conhecido por "Jéssica", foram presos em flagrante na companhia de uma adolescente de 13 anos e um rapaz de 17 anos, na localidade do Posto da Mata, a 27 quilômetros do município de Alto da Boa Vista. No local, também foram encontradas uma jovem de 19 anos e o filho dela recém-nascido.
O casal é suspeito de crimes de tentativa de estupro de vulnerável, estabelecimento para exploração sexual e rufianismo. Já o travesti, M. D. F. G., foi preso em flagrante pelo crime de tentativa de estupro de vulnerável, no entanto, ele será investigado também por outros crimes ligados a exploração sexual.
Segundo informações da Polícia Civil do município, as mulheres foram aliciadas pelo casal com a ajuda do travesti, na cidade de Porto Alegre do Norte. Elas vinham para Alto Boa Vista e depois iam trabalhar em uma casa de prostituição chamada “Bar da Baiana”.
O casal também será investigado por tráfico de droga. “Testemunhas relataram a venda e o consumo de substância entorpecente no bar”, disse o delegado Rogério da Silva Ferreira, que preside o inquérito policial.
L. S. já foi investigada por exploração sexual. Ela também é conhecida por manter uma casa de prostituição na cidade.
Com os depoimentos de todos os suspeitos, a Polícia ainda descobriu que eles estavam negociando trazer outras mulheres, certamente menores de idade, para Alto da Boa Vista.
Segundo os depoimentos das vítimas, o casal ficava responsável por encontrar os clientes das garotas de programas, no entanto, elas eram obrigadas a pagar R$ 50 para eles. Além de mais R$ 10 pelo uso de um dos quartos localizados nos fundos no bar.
As vítimas disseram ainda ao delegado Rogério da Silva Ferreira, que foram orientadas a mentir para a Polícia dizendo que eram irmãs e que estavam viajando sozinhas até a casa de parentes em Alto Boa Vista. As mulheres eram ameaçadas de morte pelo casal, caso denunciassem o esquema à Polícia.