O presidente da Câmara de Cuiabá, vereador João Emanuel, PSD, ao ser questionado hoje sobre a CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada para investigar a locação de maquinários pelo Poder Executivo local, salientou que CPI é dispositivo utilizado em todos os Parlamentos. "Trata-se de instrumento legal para proceder investigações acerca de algo que gere dúvidas perante a população. Não há nada personificado numa CPI".
Emanuel também enalteceu que toda tentativa que for feita no sentido de ofuscar o trabalho de investigação que uma CPI abrange é clara afronta à democracia. "Nós {vereadores} vamos fazer as investigações que forem necessárias e de forma bem tranquila nessa CPI dos Maquinários, sem nos intimidar com qualquer tipo de pressão, imposições".
Sobre as ameaças da gestão municipal de ingressar com um mandado de segurança para barrar a continuidade da referida CPI, o dirigente do Parlamento disse entender nisso claro temor de que as investigações a cargo dos membros da comissão desvendem algo que precisa ficar no anonimato. "Dá para pensar em alguma coisa diferente? Quem não deve, nada teme" - pontuou.
O líder do prefeito na Câmara, vereador Leonardo Oliveira, PTB, disse que essa CPI instaurada pelo Legislativo da capital é desnecessária, pois está focada numa questão já arquivada pelo Ministério Público, que elencou 12 pontos para arquivar o processo, argumentou. Deixou claro que sempre se posicionou a favor da instauração de CPIs fundamentadas. "Não sou contra qualquer tipo de investigação".
João Emanuel rebateu que essa CPI sob a presidência do vereador Toninho de Souza, PSD, autor do requerimento, tem a finalidade específica de analisar a locação das máquinas. Sobre a decisão do Ministério Público, comentada por Leonardo, o parlamentar sublinhou respeitá-la. "Mas a CPI do Legislativo vai analisar o caso como um todo, não somente uma empresa. Inclusive, já disse, a sociedade de alguns gestores com as empresas vencedoras da licitação. Uma delas sequer poderia ter participado desse certame, pois forneceu merenda estragada. Então, é isto que queremos investigar; colocar num foco de transparência respostas às dúvidas reunidas, e que motivaram essa CPI".
João Carlos Queiroz Secom/Câmara





