Mulher de 21 anos diz ter sido abusada por rapaz.
Legislativo municipal foi desocupado nesta quinta-feira (8).
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A Polícia Civil de Minas Gerais informou, nesta sexta-feira (9), que abriu inquérito para investigar um caso de estupro que teria ocorrido durante a ocupação da Câmara Municipal deBelo Horizonte (CMBH). Segundo a corporação, a jovem, de 21 anos, que diz ter sido abusada deve prestar depoimento.
A queixa foi feita na Delegacia de Mulheres nesta quinta-feira (8) após a desocupação da CMBH. Segundo a denúncia da ativista, ela convidou um rapaz que estava sem lugar para dormir para ficar na mesma barraca que ela. Nesse momento, a jovem teria sido abusada.
De acordo com o relato da manifestante à polícia, não houve relação sexual. Mesmo assim, segundo o presidente da Comissão de Assuntos Penitenciários da OAB, Adilson Rosa, o caso, se for confirmado pode ser considerado estupro, pois todo contato íntimo contra vontade da outra pessoa se caracteriza como crime deste tipo.
Representantes do grupo que ocupou a câmara disseram que repudiam qualquer ato machista, sexista, homofóbico ou racista. Também foi informada que, depois que o caso veio à tona, o suspeito foi expulso da ocupação.
Ocupação
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Os manifestantes que ocupavam a Câmara Municipal de Belo Horizonte, no bairro Santa Efigênia, na Região Centro-Sul da capital, deixaram o local na manhã desta quinta-feira (8), após determinação da Justiça. Os integrantes do movimento disseram, nesta quinta-feira, que deixaram o prédio porque tiveram as reivindicações atendidas.
A Câmara foi ocupada, no dia 1º de agosto, pela segunda vez em menos de dois meses, no primeiro dia de trabalho dos vereadores após o recesso parlamentar. Os manifestantes pediam uma audiência pública com o prefeito Marcio Lacerda para prestação de contas detalhada e apresentação das ações de governo e do plano de metas, além da abertura das planilhas da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans).
Para reforçar a manifestação, dois ativistas decidiram fazer greve de fome. Uma jovem desistiu do protesto no sábado (3). Já o rapaz, de acordo com um dos ativistas que estavam na Câmara, encerrou a greve de fome na madrugada de quarta-feira (7).
Imagens ao MP
A mesa diretora da Câmara determinou que as imagens registradas pelas câmeras de segurança do prédio, durante as duas ocupações por manifestantes no último mês, sejam encaminhadas ao Ministério Público e à Superintendência de Polícia Civil. As imagens mostram manifestantes em situações que aparentam consumo de drogas e relações sexuais.
A mesa diretora da Câmara determinou que as imagens registradas pelas câmeras de segurança do prédio, durante as duas ocupações por manifestantes no último mês, sejam encaminhadas ao Ministério Público e à Superintendência de Polícia Civil. As imagens mostram manifestantes em situações que aparentam consumo de drogas e relações sexuais.
Segundo a mesa diretora, as imagens podem ajudar na apuração de fatos ocorridos durante a permanência dos manifestantes na Câmara. Representantes dos manifestantes disseram que são contra a tentativa de criminalizar atos durante os protestos para desviar o foco das reivindicações.