Para Gurgel, não há provas que envolvam o senador em corrupção
A Procuradoria-Geral da República encerrou investigação e concluiu não haver indícios ou provas de envolvimento do senador Alfredo Nascimento (PR-AM) nas denúncias que levaram à troca de comando no Ministério dos Transportes, em 2011. Na época, Nascimento pediu demissão do cargo e retomou o mandato de senador para cuidar de sua defesa e provar a própria inocência. Após dois anos de apuração, o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, rechaçou a denúncia e inocentou o parlamentar das acusações de que teria liderado um esquema de corrupção na Pasta.
Assinado por Gurgel, o parecer registra a “ausência de indícios de envolvimento” de Nascimento nas irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) nas licitações e contratos do Ministério dos Transportes. “Os diversos depoimentos colhidos pela autoridade policial nada esclareceram acerca das notícias de que os dirigentes do Partido da República-PR recebiam propina de empresas contratadas pela Valec e pelo DNIT, pois todas as pessoas ouvidas negaram ter conhecimento de fraudes em processos licitatórios e superfaturamento de contratos firmados pelas estatais”, diz Gurgel, no despacho encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). As conclusões são endossadas pela sub-procuradora da República Cláudia Sampaio.
A conclusão do Ministério Público Federal endossa manifestação do próprio senador. Em agosto de 2011, Nascimento ocupou a tribuna do Senado para esclarecer o caso e justificar a decisão de deixar o governo. Na ocasião, o senador refutou com veemência as denúncias e descartou ter feito parte ou mesmo ter tomado conhecimento da prática de irregularidades em sua gestão.
