Pedofilia é uma triste realidade em Aquidauana, afirma delegada



A comunicadora Daniele Santos entrevistou em seu programa “100% Cidade” a delegada de Polícia Civil, Marilda Rodrigues, que atua na Delegacia de Atendimento à Mulher de Aquidauana. Durante a entrevista, a delegada falou sobre casos de pedofilia que vêm ocorrendo na cidade.

Segundo ela, a pedofilia é uma disfunção psiquiátrica que atinge homens e até adolescentes, onde essas pessoas têm atração sexual por crianças. “Quando o pedófilo pratica o ato poderá ser enquadra em diversos tipos penais, entre eles o mais comum, que é estupro de vulnerável tão falado e tão praticado em nossa cidade”, explicou a delegada Marilda.

A delegada foi enfática ao afirmar que geralmente o crime ocorre no âmbitofamiliar. “Geralmente e infelizmente é alguém conhecido, que a família acredita ser de confiança, como um parente próximo (o padrasto, o tio, o marido ou namorado da babá, o professor, entre outros) é preciso que a mãe conheça bem o meio social da criança, com quem vai deixar seu filho, porque a criança por medo não denúncia, com medo da família não acreditar”, destacou Marilda.

Indo além, Marilda frisou que o pedófilo precisa ser tratado e detido pelo crime e revelou aos ouvintes da rádio FM 100,9 que em Aquidauana a média é de 20 a 30 casos de pedofilia que chegam ao conhecimento da Delegacia.

“Tivemos aumento considerável, em processos de caso de família chegam crimes contra vulnerável, por meio da discussão judicial familiar, acabam revelando e aí o juiz nos comunica e começamos a investigar”, completou a delegada.

Alarmante a informação de que a criança que foi vítima de um pedófilo se não tratada pode virar um futuro pedófilo. “A criança, a partir do momento que sofre abuso, ela passa se sentir culpada e ainda fica aquela dúvida se vão acreditar nela? Quem sofreu abuso pode se tornar um pedófilo, ou vai pra prostituição, pra depressão, isso quando essa criança não consegue superar o trauma, por isso eu digo da importância de se tratar a criança para não acontecer isso” afirmou.

Não só o ato sexual em si com criança caracterizam o crime, mas também as diversas maneiras de o pedófilo satisfazer seus desejos sexuais, seja pela carícias em partes mais íntimas da criança e isso já é considerado estupro de vulnerável.

Encerrando a entrevista a delegada disse da importância da comunidade escolar. “É preciso que as escolas promovam mais palestras sobre o assunto para que a criança tenha noção e, caso seja uma vítima, tenha iniciativa de denunciar. Quando a mãe tem resistência o primeiro procedimento é ouvirmos todos e encaminharmos a criança para o CREAS, porque não pode de maneira alguma o agressor ficar próximo da vítima” concluiu a delegada da DAM Marilda.

(Redação) 
Jornal Noticias do Estado